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22 Julho 2015 | Fábio Gomes

Paris Filmes estreia na área de produção com "Carrossel, O Filme"

Empresa visa projetos futuros na produção de filmes em toda América Latina

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(Foto: Divulgação )

A Paris Filmes está se aventurando em uma nova área com o lançamento de Carrossel, O Filme. O longa infantil marca o primeiro trabalho da área de produção da distribuidora, fazendo com que a empresa expanda e inove no mercado nacional. 



“Há pelo menos três anos estamos pensando em nos tornar uma empresa 360°, que englobe todas as áreas. Então a gente tem distribuição na América Latina de conteúdo estrangeiro, tem distribuição de filmes no Brasil em cinema, televisão e on demand. Temos distribuição de filmes locais e sentimos a oportunidade de entrar nessa área de produção, pois queríamos que a empresa se completasse”, afirmou Marcio Fraccaroli, presidente da Paris Filmes.

O projeto, a princípio, é fazer filmes no Brasil, mas a distribuidora pensa na possibilidade de, no futuro, trabalhar em todo o mercado latino-americano. “Também operamos em toda América Latina, não fisicamente, mas via parceiros”, explica. 

Apesar de jovem – tem menos de um ano em funcionamento – a área de produção conta com diversos projetos e tem mais de dez roteiros sendo trabalhados atualmente. Além disso, em setembro a empresa começa as filmagens de O Noivo da Minha Mulher, comédia romântica que terá a direção de Julia Resende (de Meu Passado Me Condena) e Ingrid Guimarães como protagonista.

A produção, remake de um filme argentino, tem estreia marcada para julho e Fraccaroli ressalta a importância da empresa nascer com regras. “Não vamos demorar dois, três anos para fazer um filme. Iremos estabelecer como ele será e vamos produzir”, completou. 

Outro ponto destacado pelo executivo é o marketing em volta dos longas, que nasce desde o começo da produção. A divulgação não irá durar somente 60 dias antes do lançamento, mas sim desde o primeiro dia das filmagens até o lançamento nos cinemas, dando um espaço entre 15 e 24 meses de divulgação.

Parcerias da Paris Produções

Além de Fraccaroli, a Paris Produções conta com Diane Maia, que será responsável pelas escolhas de produções físicas, e Sandi Adamiu, que cuidará da área de captação. Para projetos futuros, a empresa firmou parcerias junto a grandes nomes mundiais como a Paramount e a Disney. “Estamos felizes de ter essas duas empresas como parceiras no nosso começo. Vamos abrir possibilidades para outras, mas ainda não temos tamanho para isso uma vez que estamos nascendo. Somos uma grande distribuidora, mas ainda estamos caminhando nessa jornada de produções”, explica. 

Para Fraccaroli, o principal fator de ter uma produtora dentro da gama de serviços da empresa é a oportunidade de escolher os filmes que terão chances no mercado. “Não tenho compromisso com diretor, não sou empresa de roteiristas, não estou em pró de mercados ou de estratégias. Estou em pró da própria necessidade do público, não estou aqui para ganhar prêmio em Cannes – se vier ótimo, mas não é meu objetivo. Estou aqui para fazer filmes de ocupação de espaço, de mercado”, garante.  

Com a produtora, Fraccaroli espera dar ainda mais garantias aos exibidores de que a Paris Filmes está distribuindo um filme de qualidade. “Eu não preciso fazer o filme, ninguém me pediu para fazer ele. Quando tomei a decisão de fazer esse filme é porque realmente acreditava nele”, completa. 

Uma das principais novidades da Paris Produções é o contato junto aos exibidores, que estão abertos a dar ideias de filmes e novas produções. “Estou atualmente trabalhando em uma ideia que o Araújo me deu. É uma informação que um exibidor de nossa carteira de clientes trouxe para nós e fez com que trabalhássemos em um roteiro baseado em um almoço que tive com ele. Como estou sempre com o mercado de exibição, sempre tenho essa sensibilidade diferente de um produtor que tem uma outra realidade”. 

Por fim, o executivo explica que seu objetivo é somar e ajudar o mercado de filmes nacionais crescer ainda mais. “Estou convencido que o mercado tem chance de crescer 230% do total de venda de ingressos. Se o Brasil vende 200 milhões de ingressos, o cinema brasileiro pode fazer 40 milhões”, finalizou. 

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