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15 Abril 2016 | Vanessa Vieira

Celebridades e executivos comentam Screening Room durante CinemaCon 2016

Startup causa polêmicas no mercado de cinema desde sua criação em março deste ano

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Startup foi tema de polêmica durante a CinemaCon 2016 (Foto: Revista Exibidor)

A startup Screening Room esteve presente da CinemaCon 2016, realizada entre 11 e 14 de abril em Las Vegas, EUA. Como era esperado, a empresa continuou a dividir opiniões do mercado – assim como tem feito desde sua criação em março último.

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A Screening Room foi criada nos Estados Unidos e tem a proposta de oferecer uma plataforma antipirataria de confiança para que os espectadores, especialmente os cinéfilos, possam assistir aos filmes no conforto de suas casas logo na data de estreia. E tudo mediante pagamento estimado de US$ 150 para ter acesso ao serviço e US$ 50 por visualização, com prazo de 48 horas para assistir o conteúdo. A empresa foi criada pelo executivo Sean Parker, cofundador do serviço de música por assinatura Napster e maior investidor da startup.

A Screening Room teria sido até motivo para a consultoria MarketCast realizar um estudo com pelo menos 1.200 estadunidenses também em março, mas os dados não teriam sido conclusivos.

Apesar de não ter a intenção de acabar com os exibidores ou distribuidores, a iniciativa recebeu forte oposição de vários agentes do mercado. Inclusive, a proposta da Screening Room foi mencionada no painel da convenção sobre relacionamento entre os setores de distribuição e exibição de cinema. Na ocasião, Paul Higginson, vice-presidente da 20th Century Fox EMEA, apontou que só vê “riscos” na proposta da empresa. Para ele, a reação do mercado também seria um claro “medo do desconhecido”.

Entre os exibidores estadunidenses, a AMC Theatres foi uma das primeiras a se pronunciar logo após a criação da Screening Room por meio de carta oficial, na qual criticou a iniciativa. A Regal também se posicionou publicamente como contrária à startup e defendeu que a janela de exibição exclusiva para o cinema seja de pelo menos 90 dias.

De acordo com o portal The Hollywood Reporter, a NATO – National Association of Theatre Owners, que organiza a CinemaCon, chegou a chamar a proposta de “grande distração” para o evento, que deveria ser estritamente para exibidores e distribuidores. O portal também chegou a informar que a Motion Picture Association of America – MPAA, que representa os principais estúdios de Hollywood, teria aceitado se encontrar com os criadores da startup para o que seria apenas um encontro amistoso para apresentação mútua. No entanto, a entidade ainda defende a manutenção da prioridade de janela de distribuição para o cinema. Na convenção, a MPAA apontou crescimento do mercado de cinema em 2015.

Entre as celebridades, algumas como J.J. Abrams se colocaram como favoráveis à proposta. O diretor afirmou que não há nada igual à experiência de ir ao cinema, mas que tentar frear iniciativas semelhantes à da Screening Room seria tentar adiar o inevitável. Já o produtor Jon Ladau e o cineasta James Cameron, por exemplo, se posicionaram contra a startup. Outros como o também produtor Frank Marshal afirmaram que gostariam de dialogar com a empresa antes de emitirem opinião.

Veja a cobertura completa do primeirosegundoterceiro e quarto dia da CinemaCon 2016.

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