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28 Outubro 2019 | Renata Vomero

Pesquisa revela aumento de minorias no cinema por conta da representatividade

Informações abrangem os espectadores do Estados Unidos com filmes de diversos gêneros

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(Foto: Universal)

Nesta semana, a Movio divulgou seu relatório “Diversity Demand: Securing the Future of Moviegoing”, nele a empresa analisa como o público de cinema se correlaciona com o crescimento da representatividade nas telas e de que maneira esse pode ser um caminho para aumentar a frequência nas salas de cinema e impulsionar a bilheteria ao trazer mais conteúdos com minorias e comunidades que sejam menos representadas.

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Segundo o estudo realizado, quando há a representação de um determinado grupo no longa apresentado, este mesmo grupo vai ao cinema o dobro de vezes do que vai normalmente. Além disso, esses filmes levaram também aos cinemas pessoas que não costumam consumir esse tipo de entretenimento.

Para realizar a análise, a Movio selecionou alguns pares de filmes que são semelhantes em gênero e orçamento, sendo um trazendo como protagonista alguma minoria e o outro não. No caso de Viva – A Vida É Uma Festa (Disney) houve presença 75% maior de público latino do que em Os Incríveis 2 (Disney). O estudo foi realizado nos EUA.

Da mesma forma, o filme Nós (Universal) teve um público negro 100% maior do que o terror Um Lugar Silencioso (Paramount). No entanto, Nós (Universal) atraiu também um público mais diversificado além da sua representação racial, o que fez sua bilheteria superar em oito vezes seu valor de produção.

O mesmo foi feito com comédias românticas, já que Podres de Ricos (Warner) trouxe uma audiência com asiáticos 186% maior, assim como Do Que Os Homens Gostam (Paramount) teve participação de 296% mais de negros, tudo isso comparado ao filme Megarromântico (Warner).

Mulher-Maravilha (Warner) e Aquaman (Warner) não tiveram muita diferença em termos de público feminino no cinema, em ambos os casos representado por 40% e 41% da audiência respectivamente, no entanto, segundo a Movio, a não diminuição do público masculino no filme de uma super-heroína diz muito neste caso e vai contra a hesitação de Hollywood de lançar filmes do gênero com protagonistas femininas. No caso de Pantera Negra (Disney), o público negro no cinema foi 40% maior do que em Vingadores: Guerra Infinita.

“O consumidor de hoje tem inúmeras opções de entretenimento, tornando mais fácil do que nunca para diversos públicos encontrar conteúdo que corresponda aos seus gostos e experiências. Para que o cinema permaneça relevante e continue tendo um impacto cultural, ele deve atrair esses públicos, oferecendo conteúdo mais representativo”, disse o diretor comercial e presidente da Movio Media, Craig Jones, em comunicado enviado à imprensa.

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