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18 Novembro 2019 | Renata Vomero

As primeiras impressões e o impacto do Disney+ desde seu lançamento

Serviço chegou ao público dos EUA, Canadá e Holanda no dia 12 de novembro

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(Foto: Divulgação)

Uma das novidades mais comentadas da última semana foi o lançamento do Disney+, plataforma de streaming lançada no dia 12 de novembro nos Estados Unidos, Canadá e Holanda. O aguardado serviço da Disney mal chegou ao público e já garantiu, logo no primeiro dia, 10 milhões de logados, o que não necessariamente signifique que foram 10 milhões de assinaturas pagas, já que o Disney+ oferece uma semana de uso gratuito para teste.



Ainda assim, a força da plataforma foi alta. Com tamanha demanda o impacto foi grande no mercado. Depois de anunciar o número de procura pelo serviço, as ações da Disney subiram 6%, o que representou um recorde para a empresa. Na quarta-feira (13), o valor de ação da companhia estava calculado em US$ 148,72.

No entanto, por conta desse alto número de acessos logo no primeiro dia, os usuários do Disney+ relataram problemas técnicos no serviço. O site Downdetector, que recebe e avalia relatórios sobre instabilidades de sites norte-americanos, relatou um número de 7 mil reclamações sobre a plataforma em torno das 7h da manhã do dia 12 de novembro. Entre os problemas estavam dificuldades para logar, para assinar o serviço e também para reproduzir os conteúdos. Em torno das 10h da manhã, a Disney divulgou um comunicado:

“A demanda do consumidor pelo Disney + excedeu nossas altas expectativas. Estamos trabalhando para resolver rapidamente o problema atual do usuário. Nós apreciamos sua paciência”. Antes do lançamento do produto, executivos da companhia já haviam relatado que o serviço seria lançado com funcionalidade e servidor muito parecidos com os utilizados em sua versão beta testada na Holanda.

Além das questões técnicas e econômicas, claro, uma das maiores curiosidades e destaques entre aqueles que já possuem o serviço é com relação ao conteúdo.  Entre os cerca de 500 filmes disponíveis e mais de 7 mil capítulos de programas de televisão – nenhuma surpresa dado o extenso número de títulos no catálogo da empresa –, foi revelada a veiculação de um comunicado no início da exibição de cada episódio ou programa antigo da Disney avisando sobre possíveis representações culturais ou raciais questionáveis. O anúncio diz: “Este programa é apresentado como originalmente criado. Ele pode conter representações culturais desatualizadas.” O aviso pode ser lido antes das animações de Peter Pan, Dumbo e A Dama e o Vagabundo. No entanto, em Aladdin, por exemplo, a mensagem não surge na tela do espectador.

Falando em A Dama e o Vagabundo, o serviço chegou ao ar trazendo a versão em live-action da clássica animação da Disney, mas não parece estar sendo tão bem recebida pela crítica como foi o caso dos live-actions que estrearam nos cinemas. No Rotten Tomatoes, o filme tem aprovação de 63% da crítica.

Em termos de conteúdo, no entanto, a menina dos olhos do streaming parece ser a série do universo de Star Wars, The Mandalorian. Além de estar sendo comentada massivamente na internet, a série está batendo recordes de pirataria, já que o Disney+ estreou em poucos mercados, e ainda não tem previsão de lançamento em muitos países.

Em uma análise divulgada pelo CanalTech, a previsão é de que The Mandalorian seja a série mais pirateada do ano, batendo, inclusive, Game of Thrones, que teve sua última temporada transmitida no primeiro semestre pela HBO. Apesar de não ter os números divulgados, nos primeiros dois dias desde o lançamento do Disney+, a série contou com milhares de downloads ilegais. Tal movimentação acendeu o alerta dos profissionais da Disney, a empresa já emitiu um pedido para a retirada de The Mandalorian das pesquisas do Google que relacionassem a produção a sites de pirataria. No entanto, mesmo com diversos acompanhamentos e monitorações, fica impossível para a empresa impedir totalmente que as pessoas baixem esses conteúdos de maneira ilegal. “Vamos observar cuidadosamente com várias ferramentas e tecnologia que temos à nossa disposição para monitorar isso. Obviamente é algo que temos que prestar atenção”, comentou Bob Iger, CEO da Disney, em entrevista ao CNBC.

O streaming deve chegar nesta terça-feira (19) na Nova Zelândia, Austrália e Porto Rico, em 31 de março na Europa Ocidental e apenas em novembro de 2020 no Brasil.

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