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11 Fevereiro 2020 | Fernanda Mendes

Filme do Selo ELAS tem exibição no MoMA

“Meu Querido Supermercado” é dirigido por Tali Yankelevich

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A diretora Tali Yankelevich (Foto: Divulgação)

O novo longa do Selo ELAS, projeto da Elo Company, foi finalizado há pouco tempo e já começa a rodar os festivais internacionais. Meu Querido Supermercado teve sua estreia mundial em 2019 no IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdã) e também já foi selecionado para participar do Festival Internacional de Cine de Guadalajara (México). Hoje (11), inclusive, o documentário encerra sua participação no Doc Fornight, evento que acontece no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o MoMA.

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Meu Querido Supermercado foi rodado em um intervalo de oito meses, mas o desenvolvimento do projeto nasceu há três anos. O longa recebeu apoio do IDFA Bertha Fund para coprodução internacional com a produtora dinamarquesa Good Company Pictures e, em conjunto, outras produtoras brasileiras contribuíram para a realização do projeto como Spcine, Globo Filmes, GloboNews, Canal Brasil, Mão Direita e Zeza Filmes.

Dirigido por Tali Yankelevich, o filme se passa inteiramente dentro do ambiente fechado de um supermercado. A ideia nasceu quando ela foi comprar sua janta, tarde da noite. “Fiquei observando dois rapazes jovens que discutiam apaixonadamente sobre seu primeiro amor. Trabalhadores da loja, eles organizavam uma gigantesca prateleira de cereais matinais enquanto cuidadosamente alinhavam um na sequência de outro com absoluta perfeição. Eles repetiam aquele trabalho mecânico e conversavam sobre aquilo que parecia ser sua mais intima e profunda experiência amorosa. Achei aquela ambiguidade interessante”.

A partir daí, Tali se interessou em mostrar histórias, medos e afetos de trabalhadores que passam a maior parte de seu tempo naquele cenário frio de um mercado. A ideia foi aproveitar tudo que aquele local poderia oferecer, até mesmo a musicalidade do ambiente. “O filme é quase um musical. A musicalidade já está presente no próprio espaço de repetição do mercado. Portanto a música seria como uma ponte para dialogar com a subjetividade e fugir da imagem estática e fechada do local”.

As gravações, segundo Tali, foram extremamente gratificantes e prazerosas. Ela conta que sua ambição sempre foi de dissolver por completo o espaço físico do mercado e transformá-lo em um ambiente místico, carregado de drama, humor e poesia.

Agora, é hora de levar o filme para o público e as expectativas são as melhores. “Para mim o mais prazeroso desses festivais é mostrar o filme para um público diverso, saber como o veem, que observações tem a fazer”.

Em breve o documentário chega aos cinemas, mas ainda sem data definida de estreia.

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