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21 Fevereiro 2020 | Fernanda Mendes

Remake de "O Candidato Honesto" lidera bilheteria na Coreia do Sul

Filme vendeu 909 mil ingressos nos primeiros cinco dias

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(Foto: Divulgação)

A Coreia do Sul está muito em alta, por conta da vitória de Parasita. E, apesar do filme estar fazendo sucesso ao redor do mundo, quem está dominando por lá é um remake de uma comédia brasileira.

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Honest Candidate é uma versão de O Candidato Honesto, estrelado por Leandro Hassum. O filme estreou em 12 de fevereiro e já vendeu 909 mil ingressos nos primeiros cinco dias em cartaz.

A versão sul-coreana foi adaptada por roteiristas locais, mas segue a estrutura do roteiro original de Paulo Cursino. Por lá, a estrela do longa é a atriz Ra Mi-Ran, que, depois de receber uma repreenda da avó no leito de morte, não consegue mais mentir.

O Candidato Honesto foi lançado em 2014 e vendeu mais de 2,3 milhões de ingressos. No Brasil, a comédia foi dirigida por Roberto Santucci e distribuída pela Downtown Filmes e Paris Filmes. André Carreira, CEO da produtora do filme, Camisa Listrada, foi procurado pelo agente de vendas Cinema Republic, empresa especializada na comercialização de remakes no mercado internacional. O primeiro licenciamento foi fechado com a produtora sul-coreana Soo Film e resultou na produção de Honest Candidate.

“As comédias não costumam ‘viajar’ bem, porque nem sempre as piadas são compreendidas numa outra cultura. Mas os remakes, com algumas adaptações e atores e língua locais, podem ter êxito, como é o caso desse filme,” afirma André Carreira. “Estamos em negociações com produtoras de alguns países para outros remakes de O Candidato Honesto.”

O diretor da trama também comemora a força criativa das comédias brasileiras. “Acho que chegou a hora das nossas comédias serem reconhecidas não só pelo desempenho comercial, mas também pela qualidade das produções. Nos últimos 30 anos formamos roteiristas, produtores, diretores... talentos capazes de disputar a ocupação do nosso mercado interno e também espaço no exterior.”

Bruno Wainer, diretor da Downtown, aproveitou para criticar as políticas públicas brasileiras. "É muito simbólico ter um remake feito na Coreia, que ganhou visibilidade mundial com a vitória de Parasita no Oscar. O modelo coreano para o audiovisual tem como premissa principal a conquista de mercado, modelo que deveria inspirar nossa política pública para o setor", pontou.

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