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21 Fevereiro 2020 | Renata Vomero

Brasil é país com a quarta maior presença no Festival de Berlim

Variety destacou representatividade étnica entre filmes brasileiros selecionados

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(Foto: Vitrine Filmes)

Com a abertura oficial do Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale), os olhos se voltam para o que está sendo apresentado no evento, já que muitas dessas produções devem estar entre os destaques de 2020. O Brasil está no centro do festival, tendo uma participação massiva neste ano, com mais de 19 filmes selecionados nas diversas mostras. Inclusive, somos o país com a quarta maior presença nesta edição do evento, ficando atrás apenas da Alemanha, França e Estados Unidos. Desta forma, a Variety fez uma boa análise das produções brasileiras de Berlim, assim como do nosso audiovisual.

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Entre o que foi destacado pelo veículo internacional está o fato de duas produções selecionadas para o festival terem como enfoque o protagonismo negro. Na Mostra Competitiva, principal do festival, temos Todos os Mortos (Vitrine), de Caetano Gotardo e Marco Dutra. O filme se passa entre o século 19 e 20 e foca no período pós-abolição da escravidão.

Outro longa que chega forte em Berlim é Cidade Pássaro (Vitrine), de Martias Mariani, que conta a história de um nigeriano que chega a São Paulo em busca do irmão. O filme foi selecionado para a Mostra Panorama, que também tem muito destaque no festival.

Variety aponta que essa força do Brasil no festival é fruto de uma política que surgiu na década passada, de impulsionamento ao cinema brasileiro no exterior, com programas que apoiassem a ida de nossos produtores para a participação em festivais internacionais. O principal deles foi o Cinema do Brasil, criado por André Sturm em 2005. Ele inclusive, deu entrevista ao veículo. “Com o programa ensinamos aos produtores sobre o mercado internacional e a coprodução como fonte não apenas de dinheiro, mas também de força de mercado, e de interagir com a indústria internacional”, comentou.

Em contrapartida, a Variety divulgou separadamente uma outra análise sobre o nosso mercado atual, enfatizando, assim como noticiado no Brasil nesta semana, as paralizações no setor por conta de imbróglios do nosso governo a partir de 2019. O veículo enalteceu as iniciativas municipais brasileiras de apoio ao audiovisual, entre elas a Spcine, que conta com editais e linhas de fomento para a produção feita na cidade de São Paulo.

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