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25 Março 2020 | Fernanda Mendes

Cinemas norte-americanos estão perto de conseguir ajuda do governo

Três principais redes exibidoras estão lidando com dificuldades com seus funcionários

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(Foto: Divulgação)

A quarentena para a prevenção do novo Coronavírus está afetando as redes exibidoras do mundo todo. Nos Estados Unidos, as três principais redes de lá, a Regal, Cinemark e AMC, estão sofrendo dificuldades ao terem que fechar todos os seus complexos.

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A Regal, com certeza, foi a mais afetada, dando licença forçada para 24 mil de seus 25 mil funcionários, já que fechou 542 complexos em 42 estados. Segundo o Deadline, muitos funcionários da exibidora estão sem receber salário há um mês e nem seguro saúde. Inclusive, a empresa do mesmo grupo, a Cineworld, que atua no Reino Unido, também está sem pagar os funcionários que estavam há menos de 18 meses na exibidora e estão pagando 40% do salário daqueles funcionários que estão há três anos na empresa.

Uma petição no site Change.org, com 8.500 assinaturas, exige o pagamento dos funcionários da Regal. Em resposta à perda de sua equipe nos Estados Unidos, a Regal fez um acordo com a rede de supermercados Albertsons, que procura contratar mais de 30.000 funcionários em todo o país. A empresa informou que dispensará o processo de entrevista com ex-funcionários da exibidora para fazer rápidas contratações.

Na rede AMC a licença obrigatória também aconteceu para 26 mil dos 27 mil funcionários. “Estamos pagando a eles até quando pudermos. Para aqueles que tem o plano de saúde, estamos mantendo-os no plano de saúde, com os benefícios ativos por todo o tempo em que estamos fechados. Mas meu foco é garantir que haja uma empresa para a qual eles possam voltar...Eu gostaria de garantir que essa empresa, que é forte há 100 anos, continue forte”, disse Adam Aron, presidente da exibidora, em uma entrevista à CNBC.

Na Cinemark não há nada confirmado oficialmente, mas segundo o Deadline, a rede foi muito menos severa em relação às demissões em massa. O veículo ouviu aqueles funcionários que foram embora da empresa e receberam duas semanas de pagamento, uso de dias de férias e um mês de plano de saúde.

Tanto essas três grandes cadeias exibidoras, quanto o restante do circuito, luta em conjunto com a NATO (National Association of Theatre Owners) para ter a ajuda do Congresso no processo de manter o mercado de entretenimento vivo após essa crise do Covid-19.

O presidente da NATO, John Fithian, disse à diversos veículos da imprensa que o mercado de exibição está perto de ser considerado pelo Congresso uma indústria em dificuldades e, assim, os exibidores poderão estar aptos a participar do pacote do governo de estímulo de US$ 2 trilhões que permitirá os cinemas sobreviverem nessa época.

Esse dinheiro faz parte de um pacote de medidas em resposta à pandemia de Coronavírus que se tornará o maior projeto de ajuda de emergência da história do país.

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