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03 Julho 2020 | Fernanda Mendes

"Se for só para passar filme, vai ter vida muito curta", diz Sherlon Adley sobre drive-ins além da pandemia

Ele e outros profissionais participaram do último webinário da Revista Exibidor sobre o modelo drive-in

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(Foto: Reprodução)

Ontem (2) o webinário da Revista Exibidor trouxe Márcio Eli (Centerplex), Sherlon Adley (Cinesystem) e Cynthia Alário (Cine Autorama) para falarem sobre suas experiências com o formato drive-in.

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Sherlon e Márcio comentaram sobre a agilidade para colocar em prática os novos cinemas, que surgiram como uma necessidade emergencial tanto para cobrir os prejuízos das salas fechadas como para não deixar que a magia do cinema fosse esquecida pelo público. “Não podemos ficar chorando, temos que buscar a oportunidade de crescer um pouco nosso negócio. No interior demos umas cabeçadas, aprendemos e em breve abriremos em mais cidades”, disse o CEO da Centerplex.

Ele e Sherlon têm trocado experiências sobre drive-ins e estão aprendendo o negócio na prática. “A gente quer o bem do setor. Não queremos que o consumidor se sinta desamparado da magia do cinema. Muitas vezes me inspiro no Márcio e na visão empreendedora dele”, contou Sherlon que com a Cinesystem já inaugurou dois drive-ins, um na Praia Grande (SP) e outro no Rio de Janeiro (RJ) e em breve irá abrir mais unidades.

Nos drive-ins, tanto a Centerplex como a Cinesystem estão trabalhando com as distribuidoras da forma tradicional, com DCP, negociação individual, divisão dos ganhos no ingresso, etc. Na programação, Sherlon afirmou que os filmes de terror são os que estão fazendo mais sucesso e Márcio contou que a grade de programação dos drive-ins da Centerplex começaram com filmes fixos todos os dias, mas acabou flexibilizando, colocando mais títulos – e com gêneros mais diversificados – para dar mais opções aos clientes.

Já Cynthia, que trabalha com o drive-in itinerante do Cine Autorama há cinco anos, falou sobre a tendência do formato para além da pandemia, citando como oportunidade a resolução do gargalo de cidades que não têm cinema. “Vamos entender quais cidades vão ganhar drive-in e a partir daí conforme os cinemas vão reabrindo, vamos entender quem terá fôlego. É importante para a sobrevivência deste tipo de formato as programações temáticas e outras atividades que componham a grade de programação”, justificou.

Inclusive, o CEO da Centerplex também concorda com Cynthia sobre os drive-ins serem importantes para as cidades sem cinema. “O drive-in veio para mudar a questão de investimento, porque investir em um cinema tradicional em uma cidade que tem 30 ou 40 mil habitantes, teremos um resultado espetacular em 2 ou 3 meses, mas depois a população enjoa, então será uma nova forma de levar cinema, de forma itinerante”, explicou.

Sherlon acredita que o drive-in só poderá sobreviver após a pandemia – sendo um aliado dos cinemas tradicionais - se os empreendimentos souberem levar boas experiências para o consumidor, indo além do filme e entregando um entretenimento para toda a família. “Podemos entender que o drive-in é um produto e que pode ter outras variáveis, eu acho que é um local que pode ter show, campeonato de games, live, transmissão ao vivo de futebol, ou seja, tem que ter conteúdos atualizados, mas também tem que entregar experiência. Se for só para passar filme, vai ter vida muito curta”.

Acompanhe o Portal Exibidor que em breve divulgará o tema do próximo webinário.

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