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24 Setembro 2020 | Fernanda Mendes

Campanha contra assédio no audiovisual viraliza nas redes sociais

Projeto é feito em parceria entre o Corta!, a agência de publicidade Leo Burnett Tailor Made e o movimento #MeTooBrasil

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(Foto: Divulgação)

O "Corta!" - Pacto de Responsabilidade Antiassédio no Audiovisual criado em 2017 pela APRO (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais) -, volta a chamar a atenção para a necessidade de uma mudança de comportamento na indústria audiovisual, lançando uma nova campanha de conscientização contra o assédio sexual.

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A campanha foi criada pela agência de publicidade Leo Burnett Tailor Made, em parceria com o #MeTooBrasil. São três filmes que fazem uma analogia à produção de roteiros e retratam situações reais de comportamentos abusivos no audiovisual.

A linha de comunicação que amarra as mensagens destaca: "Isto não é um roteiro. Isto é uma história real. Isto precisa ter fim. CORTA!, um movimento contra o assédio na indústria do audiovisual".

Para Pedro Prado, VP de Criação da Leo Burnett, com essa nova campanha, o projeto entra em uma nova fase. "Assim como o nome do movimento, CORTA!, que faz uma referência ao termo utilizado nos sets de filmagem para terminar uma cena, optamos por retratar situações fortes e verdadeiras que levem à reflexão e engajem na luta para dar um FIM, um basta no comportamento abusivo", explica.

Marianna Souza, presidente executiva da APRO e uma das lideranças do Corta!, atenta que é uma responsabilidade de todos coibir esse tipo de atitude, independentemente do gênero. “O Corta!, que é um pacto de conscientização contra o assédio na indústria do audiovisual, reforça a necessidade de uma mudança de comportamento e contempla todos os profissionais do mercado: tanto mulheres quanto homens podem ser vítimas. O #MeTooBrasil chega para fazer o acolhimento de denúncias e o atendimento as vítimas. Apesar de terem atuações distintas, a parceria das duas iniciativas se complementa e fortalece o combate contra o assédio. A nova campanha provoca as pessoas a refletirem e a se engajarem nesse movimento", afirma

Formado por um grupo de advogadas especialistas no enfrentamento da violência baseada no gênero, o #MeTooBrasil chega ao país como um braço independente do movimento lançado nos Estados Unidos. Juntamente com o Projeto Justiceiras, pretende acolher as vítimas de violência sexual, dando visibilidade, apoio, orientação e suporte para meninas e mulheres que passam por situações abusivas.

"Essa parceria vem para somar, para mostrar às mulheres que elas não estão sozinhas e podem ter ajuda jurídica, psicológica e socioassistencial. O #MeTooBrasil tem o intuito de acolher as vítimas e, em sinergia com o Corta!, buscar um mercado audiovisual melhor e unido, vigilante no combate a comportamentos abusivos", completa Marina Ganzaroli.

O Dia D

Para lançar a campanha, a APRO mobilizou suas produtoras associadas e entidades do setor para fazer uma manifestação coletiva nas redes sociais. "Um movimento não se faz sozinho. Ele só existe se houver engajamento dos profissionais do mercado. Buscamos a parceria com todos os apoiadores do Corta! para que, juntos, promovêssemos um Dia D", resume Marianna Souza.

O dia, no caso, foi ontem, 23 de setembro. Produtoras, entidades, diretores, N atores e incontáveis profissionais do audiovisual se manifestaram por meio do Instagram e do Twitter para promover a conscientização dos abusos cometidos na indústria audiovisual. Posts, stories, histórias pessoais e o compartilhamento do filme figuraram nas redes sociais de todos os apoiadores do movimento. "Foi importante para elucidar quão incomodados estão a indústria e os profissionais. Não adianta fingir que o problema não existe nem pensar que ele vai acabar com uma campanha. Esse é um tema que exige ser frequentemente revisitado e promovido. Precisamos estar sempre orientando. Não podemos baixar a guarda", comenta Marianna.

Confira um dos filmes:

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