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09 Novembro 2020 | Fernanda Mendes

CinemaCon anuncia nova data e presidente da NATO fala sobre situação da indústria

Auxílio do governo e estreia de grandes títulos serão cruciais para sobrevivência dos cinemas

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(Foto: Chris Pizzello/Invision/AP)

Tradicionalmente realizada entre março e abril, a CinemaCon anunciou sua nova data para o ano que vem: 23 e 26 de agosto no Caesars Palace em Las Vegas.

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“Com todas as preocupações com viagens, logística e capacidade para a convenção, nosso público de 7,5 mil pessoas, expositores e estúdios parceiros não poderiam garantir o mesmo evento que a indústria sempre espera em abril. Em conversações próximas com estúdios e integrantes da indústria, estamos reagendando a CinemaCon para agosto, quando acreditamos que poderemos demonstrar o que fazemos de melhor e celebraremos a experiência de ir ao cinema com toda a indústria”, disse Mitch Neuhauser, diretor do evento.

Inclusive, neste último domingo, dia 8, o presidente da NATO (National Association of Theatre Owners), que é responsável pela convenção, deu uma entrevista à Variety falando sobre os desafios e perspectivas para o setor. Segundo John Fithian, se não houver ajuda do governo norte-americano, muitos cinemas fecharão em breve.

Por isso, a entidade entrou no projeto “Save Our Stages” que inicialmente foi lançado para angariar auxílio financeiro aos teatros da Broadway. “Começamos a nos encontrar com republicanos e democratas. É um projeto de lei bipartidário. Temos 52 apoiadores no Senado”, explicou.

O movimento procura conseguir um pacote financeiro de US$ 15 bilhões que, segundo Fithian, precisa ser aprovado ainda neste mês, enquanto Trump ainda é presidente, caso contrário, as conversações com a equipe do novo presidente Joe Biden só acontecerão em fevereiro e poderá ser tarde demais. “Uma porcentagem significativa de nossos membros - provavelmente cerca de 70% de nossos exibidores de médio e pequeno porte - enfrentará a reorganização da falência ou a probabilidade de encerrar totalmente o negócio em algum momento de janeiro”.

A entrevista também abordou o próximo grande lançamento do ano, Mulher-Maravilha 1984 (Warner), que está previsto para chegar em 25 de dezembro e é a grande esperança para a retomada consistente de público nos cinemas. Fithian acredita que, mesmo com cada vez mais cinemas fechando na Europa, a Warner poderá permanecer com a data de estreia do longa, já que o mercado doméstico especificamente para este título é mais importante que o internacional. Então a grande questão aqui é se as cidades de Nova York e Los Angeles estarão com seus cinemas abertos em breve.

Contudo, como já amplamente tem se discutido, não é suficiente só a estreia de Mulher-Maravilha 1984. Os cinemas precisam de grandes títulos para a manutenção do público mês a mês. E depois do longa da heroína o próximo grande blockbuster está marcado para abril, com 007 – Sem Tempo Para Morrer (Universal).

“Há um monte de filmes em janeiro, fevereiro e março, mas Bond é o próximo grande. Se ‘Mulher Maravilha’ continuar em sua estreia no dia de Natal e as pessoas forem aos cinemas por este título, esperamos que outros estúdios tragam seus filmes do final de 2021 para o primeiro trimestre. Essa certamente é a esperança. Precisamos de filmes para voltar aos negócios”.

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