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24 Junho 2021 | Renata Vomero

4x100: Correndo Por Um Sonho homenageia as mulheres em retrato do atletismo nacional

Produção estreia hoje nos cinemas do Brasil

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(Foto: Divulgação)

Depois de mais de um ano de adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que terão início em julho, chegou a hora do lançamento nos cinemas de 4x100: Correndo por um Sonho (Imovision), dirigido por Tomás Portella e produzido pela Gullane em coprodução com Globo Filmes, Telecine e RAM. O filme estava programado para estrear em 2020, no entanto, como estratégia de lançamento, foi adiado junto ao maior evento de esportes do mundo.

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O filme conta a história de um time feminino de atletismo da modalidade 4x100 que se reencontra e ganha uma nova chance de vencer depois dos jogos do Rio de Janeiro, quando amarguraram uma dura derrota. O longa, então, aborda com sensibilidade o drama pessoal das atletas - algumas tendo essa chance como a grande e única oportunidade da carreira – ao mesmo tempo que faz um retrato das relações femininas, além, claro, do esporte no Brasil, principalmente o atletismo.

“O longa é isso, é a transição de dois ciclos Olímpicos com uma equipe que não conquistou a vitória no passado, mas se esforça, se supera, se une, deixa para trás as diferenças, qualquer egoísmo pessoal para se tornar um time, e finalmente, conquistar a vitória. É essa nossa mensagem, é o que queremos que o público receba quando assistir ao filme. A importância de conquistarmos nossos sonhos e lutar por eles, não deixar que ninguém nos faça desistir - nem presidente, ministros, políticos, crises, situações difíceis - nada pode nos afastar do nosso sonho, da certeza da conquista. É só assim que nossa vida passa a ter um sentido maior, que a gente passa a ter uma sensação de realização”, explicou Caio Gullane, da Gullane Entretenimento.

Outro ponto importante, é que o filme retrata um esporte que não é tão visibilizado no Brasil, conseguindo, assim, mostrar o drama que um atleta vive no país, muitas vezes sem o apoio, patrocínio e estrutura que atletas do futebol recebem. Ainda assim, o atletismo é um esporte que se destaca nestes eventos mundiais e chama a atenção do público quando conquista vitórias.

“No Brasil o esporte que estamos acostumados a retratar, é o futebol. Todas as outras modalidades acabam sendo pouco exploradas, embora sejam igualmente emocionantes. Procuramos, por meio do filme, homenagear nossos atletas através de cada uma das personagens, mostrando a luta dessas guerreiras no seu dia a dia, com a falta de recursos, dores físicas, problemas pessoais, tendo que se superar a todo instante”, comentou Roberta Alonso, atriz, produtora e roteirista.

Um processo importante que serviu para dar vida ao filme de maneira ainda mais realista, foi toda a fase de pós-produção, em que foram adicionados alguns efeitos especiais, entre eles, a torcida nos estádios. Havia ali o desafio de recriar tanto os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quanto os de Tóquio.  

Para isso, foi necessário filmar as cenas com todas as marcações necessárias para que fosse feitos os ajustes dentro do estúdio. Esta etapa de criação de cenários, torcidas, multidões, levou um ano e meio e foi realizada com a equipe da Quanta.

“Talvez o maior aprendizado disto tudo é que, primeiro, realmente conseguimos fazer isso no Brasil, e muito bem. Estamos de igual para igual em termos tecnológicos com qualquer outro país. E segundo, que precisamos rever os orçamentos dos filmes brasileiros. Existem valores praticados há mais de 20 anos, valores que não se alteram no Brasil desde 2000. A ANCINE e o Ministério da Cultura não atualizaram os valores de projetos audiovisuais. Então precisamos entrar em um segundo momento da produção nacional para estarmos mais competitivos e preparados para conquistar de vez o público brasileiro e o público internacional, com nossos filmes”, destacou Gullane.

Todo este processo fica ainda mais interessante porque, quando tudo isso foi pensado, com as multidões e torcidas, era inimaginável que as Olimpíadas seriam adiadas por conta da pandemia e realizadas um ano depois, ainda em meio a entraves, sem uma grande torcida, como sempre costumam acontecer. Ou seja, há ali em 4X100: Correndo por um sonho, analisando por essa perspectiva de hoje, com tudo isso, o desejo de que essa seja a realidade: uma torcida feliz, formada por multidões.

“O sentimento que nos passa quando vemos as cenas de estádios cheios em "4x100 - Correndo Por Um Sonho" é o de esperança de que daqui a pouco tempo a gente possa retomar nossa vida normal, que o Brasil possa retomar seu desenvolvimento e crescimento. Nosso país tem muitos desafios e não estamos sendo competentes o bastante - especialmente falando de nossas autoridades federais - para gerenciá-lo de uma forma positiva, crescente, que nos dê esperança. Mas acho que o povo brasileiro é maior do que qualquer governo, e a gente espera que essa pandemia passe logo.Que o filme, não só as cenas de multidão, mas toda a história do "4x100 - Correndo Por Um Sonho", possa inspirar as mentes e corações dos brasileiros, para a gente voltar ao caminho da normalidade e à construção positiva de um país feliz, harmônico, onde possamos conviver sem preconceitos, sem soluções estapafúrdias”, explicou o produtor.

Quando o filme estava neste fase de pós-produção, no fim de 2019, entrevistamos a Gullane e o diretor Tomás Portella, para falar sobre o lançamento do filme. O diretor, então, ressaltou como um dos destaques o retrato das relações femininas, além de ressaltar os dramas individuais daquelas mulheres. Algo que ele construiu junto com uma equipe feminina de roteiristas e produtoras.

Esta é, para Gullane, a principal homenagem do filme, às mulheres, não só às atletas, mas especificamente as mulheres brasileiras, que enfrentam lutas diárias tão grandes quanto uma Olimpíada. Para Roberta Alonso, que atuou (ela interpreta Rita) e produziu o filme, idealizado por ela há anos, essa é uma das grandes vitórias do lançamento, que chega às telonas na hora certa.

“Além de nos inspirarmos nas atletas reais, formamos uma equipe de mulheres no trabalho de roteiro, para a construção dessas personagens ficar o mais próximo da realidade. Eu participei de várias reuniões com a Caroline Fioratti e com a Juliana Soares para aprofundarmos os dilemas ao máximo. É um processo muito inspirador e muito feminino, que só seria possível se feito por mulheres”, ela ainda complementou: “Posso dizer que nesse projeto, o mais desafiador foi controlar a minha ansiedade ao longo de 15 anos. Mas valeu muito a pena esperar o resultado. A minha expectativa para o lançamento é que esse filme emocione, traga união, esperança e superação em tempos difíceis. Que o esporte seja, mais uma vez, uma porta de resgate do nosso patriotismo”.

4X100: Correndo por um Sonho tem distribuição de Imovision e conta com elenco formado por  Thalita Carauta, Fernanda de Freitas, Roberta Alonso, Priscilla Steinman, Cintia  Rosa, Augusto Madeira e Kauê Telloli

 

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