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19 Julho 2021 | Renata Vomero

Edição histórica de Cannes celebra a diversidade e premia brasileiros

Cerimônia de encerramento aconteceu neste sábado (17)

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(Foto: AFP)

Parece que foi ontem que começou o Festival de Cannes, mas neste sábado (17), o renomado evento de cinema, um dos principais do mundo, teve seu encerramento na tradicional cerimônia que anuncia os vencedores da Palma de Ouro, como nas outras mostras.



O divertido foi que o anúncio da Palma de Ouro acabou acontecendo antes da hora, já que Spike Lee, presidente do júri, se confundiu ao ser questionado, em francês, qual seria o primeiro prêmio, e entendeu que se tratava do grande vencedor da noite.

De qualquer maneira, a honraria foi para Titane, da francesa Julia Ducournau. Com isso, ela se tornou apenas a segunda mulher a levar o prêmio máximo do festival. A primeira foi Jane Campion, por O Piano, de 1993. No entanto, no caso de Campion, a direção foi dividida com Chen Caige. Titane foi adquirido pela plataforma MUBI.

Outros filmes premiados na principal mostra do festival foram Compartment No.6,  Ghahreman, Nitram, The Worst Person in The World, Annette, Memoria, Ha'Berech e Drive My Car, este último estava sendo apontado como o favorito à Palma de Ouro, inclusive.

Embora o Brasil não estivesse representado na mostra principal, filmes brasileiros ou com produção brasileira foram reconhecidos em outras mostras. Caso do curta Cantareira, de Rodrigo Ribeyro, que ficou em terceiro lugar na Mostra Cinéfondation, e também de Céu de Agosto, curta dirigido por Jasmin Tenucci, que recebeu a Menção Especial do Júri.

O longa Murina, da croata Antoneta Alamat Kusijanovic, venceu a Câmara D’Or no Festival de Cannes. O filme é uma produção da RT Features em parceria com Martin Scorsese e estava selecionado na Quinzena dos Realizadores.

Esta edição do Festival de Cannes, primeiro evento de cinema a acontecer presencialmente desde o início da pandemia, foi marcada por número recorde de filmes inscritos e por uma maior diversidade, estampada nos membros do Júri, formado por Kleber Mendonça Filho, único brasileiro convidado e diretor de Aquarius, O Som ao Redor e Bacurau. Além dele, estavam também no júri Maggie Gyllenhaal, Mélanie Laurent, Song Kang-ho, Tahar Rahim, Mati Diop, Jessica Hausner e Mylène Farmer.

O cineasta brasileiro Karim Aïnouz - vencedor da Mostra Um Certo Olhar, em 2019, com A Vida Invisível - voltou ao festival neste ano para a Sessão Especial, em que seu novo filme Marinheiro das Montanhas foi exibido. O longa foi aplaudido de pé durante 15 minutos na sessão de exibição, que contou com a presença de Karim.

 

Confira os vencedores:

Palma de Ouro - Titane, da francesa Julia Ducournau

Grand Prix - dividido entre o finlandês Compartment No.6 e o iraniano Ghahreman

Melhor interpretação masculina - Caleb Landry Jones, de Nitram

Melhor interpretação feminina - Renate Reinsve, de The Worst Person in The World

Melhor diretor - Leos Carax por Annette

Prêmio do Júri - dividido entre Memoria, do tailandês Apichatpong Weerasethakul, e Ha'Berech, do israelense Nadav Lapid

Melhor roteiro - Drive My Car, dos japoneses Hamaguchi Ryusuke e Takamasa Oe

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