06 Outubro 2021 | Renata Vomero

Apesar de queda de bilheteria em 2020, produções locais cresceram nos cinemas europeus

UNIC apresentou os números da pandemia durante a CineEurope

A UNIC (União Internacional de Cinemas) divulgou seu relatório anual sobre o panorama da indústria europeia na CineEurope, que acontece até amanhã (7). A união analisou 43 mil salas de cinemas em 38 territórios da região para trazer os resultados.

Embora não seja segredo para ninguém que as arrecadações dos cinemas caíram no mundo todo durante a pandemia, não sendo diferente na Europa, a região contou com um alto crescimento na presença dos filmes locais, que ocuparam o espaço deixado pelos blockbusters dos estúdios de Hollywood, adiados durante o pico da pandemia, principalmente nos EUA.

Segundo dados do relatório, em 2020, a participação de mercado dos filmes europeus aumentou para 39,7%, em comparação com 25,7% em 2019 e 29,4% em 2018. Os territórios com maior fatia do mercado foram Itália (55,6%), Polónia (53,2%), Dinamarca (49,7%), França (44,9%) e República Checa (46,4%).

A comédia espanhola Pai a Gente Só Tem Um 2: Uma Sogra no Ninho e a comédia francesa 30 jours max foram os dois filmes europeus de maior sucesso do ano, com público, respectivamente, de 2,3 milhões e 1,2 milhão.

Com relação à bilheteria geral, os cinemas europeus sofreram queda de 70,4%, com receita de US$3 bilhões, em 2020. Em vendas de ingressos, a diminuição foi de 68,4%, com 430 milhões de entradas vendidas. Esses números são comparados ao ano de 2019, em que o mercado europeu lucrou cerca de US$10 bilhões, sendo um dos melhores anos da história do cinema. Os executivos da organização estimam uma perda estimada em US$5,2 bilhões no ano.

No entanto, a expectativa é de retomar a todo vapor, com 007 – Sem Tempo Para Morrer (Universal) fazendo grande sucesso nos cinemas neste momento e a boa projeção quanto a Venom e Duna ainda neste mês. Para o restante do ano, Matrix Ressurections e Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa são as apostas para quebrar recordes e a indústria respirar aliviada de uma vez por todas ao ver os resultados de antes da crise.