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03 Dezembro 2021 | Renata Vomero

Estudo prevê queda de assinaturas de streaming e maior rotatividade entre plataformas

Consultora Deloitte projetou comportamento dos consumidores em 2022

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(Foto: iStock)

Enquanto o mercado vê o aquecimento do segmento digital e de streaming, impulsionado principalmente pela pandemia, agora que a indústria de cinema volta a reaquecer, a questão é quanto esse crescimento acelerado se sustenta.



A consultora norte-americana Deloitte divulgou nesta semana seu estudo de projeções sobre mídia, tecnologia e telecomunicações para 2022 e os resultados podem trazer algumas reflexões importantes sobre essa questão.

O relatório da empresa prevê que mais de 150 milhões de pessoas devem cancelar uma assinatura de streaming no ano que vem. Para além disso, o estudo projeta uma taxa de rotatividade de cerca de 30% no mundo e 38% nos Estados Unidos.

E o que é essa taxa? Ela representa algo que já vem sido falado ao longo do tempo, com a enorme oferta de streamings no mercado, o consumidor pode vir a adotar um comportamento de assinar determinado streaming por um período, depois que aproveitar o conteúdo desejado cancelar e vir a assinar outrox serviços e assim seguindo esse ciclo.

Em entrevista ao The Hollywood Reporter, em que o relatório foi divulgado,

Jana Arbanas, líder do setor de telecomunicações, mídia e tecnologia dos EUA da Deloitte comentou : “Embora o número de cancelamentos pareça alto, a rotatividade está relacionada ao cancelamento, mas também à possível adição de novos serviços, então prevemos que mais assinaturas em geral serão adicionadas na totalidade do que canceladas, e que o número médio geral de assinaturas por pessoa aumentará. Em alguns casos, isso ocorre porque um indivíduo está se inscrevendo para obter acesso a um conteúdo específico, cancelando esse serviço assim que o conteúdo foi consumido e, potencialmente, renovando esse serviço novamente [mais tarde]”.

Neste ponto a empresa destaca que este é um comportamento bastante típico da Geração Z, ou seja, aqueles nascidos entre 1990 e 2010 e que estão chegando contudo no consumo digital, principalmente de audiovisual.

Quanto a isso, a consultora destaca que o desafio das plataformas, se quiserem ficar no topo, será trabalhar no constante convencimento do público tanto de manter a assinatura permanente, alimentando o catálogo com bons títulos frequentemente, quanto também oferecendo boas promoções e preços atrativos para garantir esse consumidor permanente quanto também o que estará revezando entre outros serviços.

Inclusive, isso vai ao encontro em um estudo publicado em 2021 ressaltando que o espectador médio deverá manter um teto de assinaturas, podendo rodiziar entre outros serviços de acordo com sua demanda e necessidade.

Outro desafio das plataformas é, além de atrair novos clientes, então, conseguir manter aqueles que estão já fidelizados ou criar iniciativas e ações para fideliza-los. No Brasil, está sendo muito comum a venda de combos de assinaturas de streaming, focando principalmente na promoção da assinatura anual, bem como parcerias com operadoras de TV a cabo.

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