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06 Junho 2022 | Renata Vomero

Fórum europeu discutirá neuromarketing e poderá trazer insights para mercado de cinema

Evento acontecerá entre 28 e 30 de setembro em Berlim

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(Foto: iStock)

Já está marcado o Fórum Mundial de Neuromarketing para acontecer entre os dias 28 e 30 de setembro em Berlim. A 10ª edição do evento global propõe discutir e se aprofundar em como nosso cérebro processa a comunicação e o marketing e como as marcas podem utilizar disso.

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Já estão confirmados no evento os especialistas Roger Dooley, Gusang Kwon, Ale Smidts, Graham Page,Rich Timpone e Małgorzata Jakubowska, entre os assuntos que devem ser abordados estão: o que é lealdade de acordo com a mente dos consumidores, como falar com o público em um mundo tão complexo sem prejudicar a marca, e sobre o metaverso e suas implicações.

É impossível falar nesse tema sem fazer um atravessamento com a indústria de entretenimento e, claro, com a de cinema. O neuromarketing é uma técnica amplamente utilizada pelos grandes estúdios para conseguir captar a reação dos espectadores com relação a trailers e filmes e assim aprimorar suas narrativas.

“Hoje os principais estúdios se utilizam de serviços de neuromarketing para testar trailers de filmes, indo de abordagens biométricas, passando por rastreamento ocular, até por meio de fMRI (Ressonância Magnética Funcional) e EEG (Eletro Encefalografia). Por enquanto, os dados de teste ajudam os estúdios e distribuidores a comercializar melhor o filme, mas já temos avanços significativos, onde estúdios mergulharam na prática do ‘neurocinema’, o método de usar o neurofeedback para ajudar os cineastas a examinar e refinar elementos do filme, como roteiros, personagens, enredos, cenas e efeitos”, disse Luiz Morau, sócio e CEO da Integradora Digital, com vasta experiência em infraestrutura e tecnologia para cinema.

Com isso, diversos estudos apontam para ativações específicas do cérebro a partir de certos tipos de filmes e estímulos específicos. Entendendo como atuam esses pontos de excitação cerebral, é possível para cineastas entenderem como melhor trabalhar o ritmo dos filmes, os cortes e diversas outras questões durante a montagem, inclusive.

Segundo Morau, até James Cameron estudou o cérebro humano para o lançamento de Avatar, em 2009, o que pode e muito explicar o apelo que ele teve ao público na época, ao trazer, pela primeira vez, a experiência em 3D de forma completa, desde sua realização, o que aumenta o grau de realismo.

“O neurocinema não é assumido publicamente pelos grandes estúdios de Hollywood. Os estúdios são muito competitivos e bastante reservados, sobre os seus bastidores de marketing. Da união da ‘neurocinemática’ e a AI (inteligência Artificial), múltiplas, se não infinitas, versões de um filme com inúmeras reviravoltas e finais serão produzidas e consumidas. A personalização instantânea em tempo real baseada na resposta do cérebro do consumidor criará verdadeiras modificações dinâmicas do mesmo filme e proporcionará um prazer sem fim aos consumidores”, explicou o especialista.

No Brasil, essa técnica ainda é embrionária, no entanto, pode vir a se desenvolver nos próximos anos conforme esse tema e técnica é desmistificado e ganha força. Morau ainda ressalta a importância do neuromarketing ou neurociência ser trabalhado no Brasil e América Latina, dadas as particularidades do nosso povo.

“No Brasil estamos evoluindo na compreensão do neuromarketing, mas ainda temos muito que caminhar para assumir o protagonismo na América Latina. O perfil e a maneira de pensar do latino-americano e especial do brasileiro, tem as suas particularidades e será fundamental a estruturação dos serviços de neuromarketing adequada às nossas características, gostos e cultura”, finalizou.

O Fórum Mundial de Neuromarketing acontece no Alte Münze, em Mitte, Berlim. Agenda, visão geral do evento e informações de inscrição em: www.neuromarketingworldforum.com

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