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10 Agosto 2022 | Renata Vomero

Lançamentos aquecidos e otimismo dão o tom das atuais perspectivas da Downtown Filmes

Distribuidora está em cartaz com "Pluft - O Fantasminha" e "O Palestrante"

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(Foto: Divulgação)

Já é mais do que sabido o quão desafiador foram os dois primeiros anos da pandemia em todos os âmbitos e o setor cinematográfico não ficou de fora da equação, especialmente o cinema nacional. Para a Downtown Filmes, distribuidora dedicada exclusivamente aos nossos filmes, não foi diferente. Depois de um período distante da tela grande, vem conseguindo aquecer os lançamentos exclusivos para os cinemas.

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Entre os destaques mais recentes estão Pluft - O Fantasminha e O Palestrante, ambos em cartaz e figurando entre as dez maiores bilheterias dos fins de semana de estreia. Também chegaram ao público Pureza, Eduardo e Mônica e Tô Ryca 2, este último entre as maiores arrecadações e venda de ingressos do ano. Lembrando que a Downtown mantém sólida parceria de distribuição de filmes nacionais com a Paris Filmes.

“Filmes são produtos de maturação de médio prazo. Da ideia à realização em tempos normais, estamos falando de um ano e meio, dois anos. A produção parou durante a pandemia e também com a situação na Ancine com as fontes de financiamento paralisadas, ao contrário de Hollywood que voltou a filmar assim que foi possível. Mas as coisas estão retomando, o FSA lançou uma série de chamadas. Mas a normalidade de fornecimento de filmes brasileiros só acontecerá a partir de 2023”, explicou Bruno Wainer, diretor da Downtown Filmes.

Até 2019, a distribuidora, fundada em 2006, se manteve no topo do Market Share de cinema nacional, ao lado da sua parceira de distribuição, sendo responsável por alguns dos principais sucessos do cinema brasileiro, como a franquia Minha Mãe é Uma PeçaNosso Lar e De Pernas Pro Ar. Agora, com a casa mais organizada, há o otimismo de que o cinema nacional volte a brilhar como antes, embora os blockbusters por ora dominem o gosto popular.

No entanto, o desafio dessa retomada é mais complexo, pedindo uma solução que vai ainda mais além do fim da pandemia e a consequente normalização das atividades, com o exercício de fazer as pessoas retomarem o hábito do cinema, por si só uma grande dificuldade.

Com a dificuldade própria do setor por questões políticas, se soma a isso a crise econômica que vem impactando a população, fazendo com que o cinema não fique na lista de prioridade de gastos, sendo um programa, muitas vezes, facilmente cortado nesse cenário.

“O período atual é de transição. A pandemia não passou totalmente e a crise econômica está forte. Isso afeta especialmente o cinema brasileiro comercial, cujo público preferencial vem das classes B e C. Mas já vivi altos e baixos muitas vezes, é assim no cinema como é na vida. E o sucesso dos grandes filmes ‘hollywoodianos’ nas salas de cinema ao menos indicam que o prazer de sair de casa pra assistir a um filme não vai acabar nunca”, ressaltou.

Desde sua fundação, a distribuidora lançou 139 filmes nacionais que acumularam mais de 138 milhões de ingressos, representando mais de 50% de todos os tickets de filmes brasileiros lançados até fevereiro de 2019, aponta os dados da própria Downtown Filmes.

Neste sentido, as perspectivas para o futuro são de que haja uma transformação conjunta, com melhorias econômicas, culturais e políticas para o país. De qualquer forma, o show deve continuar.

“As perspectivas dependem primeiramente da melhora ou não da economia. Também passa pela valorização do artista e do cinema brasileiro que foi muito atacado esses últimos anos. Isso passa pelas eleições de outubro. Mas haja o que houver, continuaremos firmes no propósito de oferecer o melhor do cinema brasileiro para o mercado exibidor, como vínhamos fazendo nos últimos 15 anos”, finalizou o executivo.

45 do Segundo TempoDebateOs SuburbanosEike – Tudo ou Nada e Uma Pitada de Sorte estão entre os próximos lançamentos dos cinemas.

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