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22 Setembro 2022 | Renata Vomero

Players discutem frentes do audiovisual para viabilizar produções de baixo custo

Distribuidora ultrapassou o um milhão de ingressos pela primeira vez

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(Foto: Daniel Souza e Neto Nunes)

Nesta quinta-feira (22) aconteceu o painel Produção de baixo custo: ideias e soluções do mercado nacional com objetivo de levantar e debater soluções para viabilizar as produções com menor orçamento ou para diminuir os custos nos processos. 

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Participaram do painel Hugo Lima, co-fundador da WoTec; Tammy Weiss, produtora da Querô Filmes; e Gabriel Gardiman, 3D Generalist na Kinelux. Cada um representando frentes diferenciadas, que passam por tecnologia, equipamentos, capacitação, efeitos visuais entre outros. 

O encontro contou com uma troca sobre a realidade de cada uma dessas frentes, como por exemplo a Wotec, criada em 2015, justamente por perceber que havia dificuldade de acesso a equipamentos dos tipos mais diversos e que precisam ser usados em sets de filmagens, caso de luz, led, vestíveis e estojo de cartão de memória, shock mount, abraçadeiras elásticas, entre outros.

“Aos poucos percebemos que poderia virar um negócio de impacto social, tudo o que fazíamos para solucionar nossos problemas, acabou ganhando novo corpo. Fomos entendendo que uma das formas que poderiamos nos inserir no mercado era atendendo a um nicho que poucas pessoas sabem que existe que são os assistentes, normalmente são pessoas pretas e periféricas e estão começando. Focamos nossos esforço para criar acessórios para eles se inserirem ao mercado, fazemos desde tag até tabela personalizada”, destacou Hugo Lima. 

A empresa vai ao encontro do próprio projeto da produtora Tammy Weiss, que dentro do Instituto Querô, criou a Querô Filmes como uma forma de capacitar os jovens do instituto e dar a eles oportunidades práticas de trabalho. 

Com 14 anos de atuação em Santos, a Querô Filmes tem entre 500 filmes lançados e mais de 38 prêmios ganhos, como destaque tem no portfólio Sócrates, de 2018, premiado, reconhecido e feito com baixo orçamento. O longa foi feito com US$20 mil do diretor Alexandre Moratto, norte-americano, mas filho de mãe brasileira, que queria produzir com a Querô, e depois contou com mais R$250 mil de um edital do ProAC para finalização. O longa foi feito pela equipe de jovens do filme e encabeçado pelos próprios produtores do Instituto e da produtora. 

“A gente entende que a potência de cinema está muito mais qualificada dentro de uma proposta criativa e de uma força de trabalho. Quando temos pessoas engajadas no projeto e querem realizar com bom roteiro e dedicação, a gente consegue transformar algo que não tem um super orçamento, mas tem um nível de qualidade que chega em um patamar de exibição. Tudo o que a gente faz tem o DNA Querô, de impacto social, temáticas importantes, conectadas com a negritude, políticas afirmativas e que temos esse DNA na nossa trajetória”, comentou Tammy Weiss. 

E se estamos falando em diminuir gastos e custos, é também interessante pensar em possibilidades que usem da tecnologia de efeitos visuais para criar soluções e oportunidades que em efeitos práticos ou nas próprias filmagens não seria possível. 

“Não é que VFX é barato, porque precisa pagar licença de softwares, manutenção da máquina e as pessoas. É um trabalho muito demorado e detalhado. O VFX tem o poder de possibilitar coisas que seriam extremamente caras ou impossíveis de gravar. Por exemplo, caso precise de um objeto caríssimo e raro, mas que precisa ter, nesse caso, pode modelar esse objeto com computação gráfica”, falou Gabriel Gardiman, que ainda destacou uma série de outras possibilidades, como a filmagem de dois atores em ambientes separados, criação de cenários, efeitos, entre outros”, concluiu. 

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