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09 Janeiro 2024 | Redação

27ª Mostra Tiradentes exibe uma seleção de 145 filmes em pré-estreias e mostras temáticas

Evento acontece entre 19 e 27 de janeiro em trÊs espaços de exibição na cidade história e terá programação gratuita

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(Foto: Divulgação)

A 27ª Mostra de Cinema Tiradentes, que acontece entre 19 e 27 de janeiro, dá início ao calendário audiovisual brasileiro apresentando um panorama de exibições de filmes em pré-estreias e sessões especiais divididas em vários recortes, tudo com entrada gratuita em diversos espaços na cidade histórica mineira. No total, serão exibidos 145 filmes, sendo 43 longas, três médias e 99 curtas-metragens, em 61 sessões de cinema, vindos de 20 estados – AL (4), BA (3), CE (7), DF (4), ES (2), GO (5), MA (1), MG (45), MT (1), PA (3), PB (1), PE (10), PR (4), RJ (22), RN (3), RR (1), RS (3), SC (2), SE (1) e SP (32). Debates, Encontros com os Filmes, bate-papos após as sessões e rodas de conversa completam a experiência cinematográfica e parte da programação estará disponível online para todo o Brasil.

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A curadoria de curta-metragem é assinada por Camila Vieira, Mariana Queen Nwabasili, Leonardo Amaral, Lorenna Rocha e Pedro Maciel Guimarães. Os títulos escolhidos são distribuídos nas mostras Clássicos (1), Foco (13), Foco Minas (8), Formação (10), Homenagem (8), Invenção (2), Jovem (4), Mostrinha (7), Panorama (22), Praça (14), Regional (4) e Valores (6). Determinadas temáticas, como a precarização do trabalho, a violência contra LGBTQIA+, a relação com a terra e questionamentos sobre a masculinidade aparecem mais fortemente para a edição de 2024 e representam um misto de retomada da vida pós-pandemia com possibilidades de novos futuros depois dos tumultuados últimos anos no cenário político e social brasileiro.

Em 2024 o evento irá celebrar as trajetórias de dois mineiros: o cineasta André Novais Oliveira e a atriz Barbara Colen. Além de debates sobre seus trabalhos e a presença de ambos ao longo da Mostra, serão exibidos quase 20 filmes, entre curtas e longas, com envolvimentos dos dois. Entre eles, os começos de tudo: os curtas-metragens Fantasmas, exibido em Tiradentes em 2010 e que revelou André como uma das vozes mais originais da produção brasileira no século 21; e Contagem, de Maurílio Martins e Gabriel Martins, que mostrou o talento de Barbara em 2010 e chamou atenção para que ela posteriormente estivesse em outros trabalhados celebrados, como Bacurau, de Kleber Mendonça Filho.

Em sua 17ª versão, a Mostra Aurora – seção do evento dedicada a filmes independentes feitos por realizadores com até três longas-metragens no currículo e que se caracteriza por trabalhos de risco estético e narrativo representativos do que de mais vigoroso se faz na produção brasileira contemporânea – apresenta sete títulos inéditos em pré-estreia mundial, escolhidos pela curadoria de Francis Vogner dos Reis, Tatiana Carvalho Costa e Juliano Gomes.

Os filmes na Mostra Aurora 2024 são: Eu Também não Gozei (SP), de Ana Carolina Marinho; O Tubérculo (SP), de Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thome Zetune; Maçãs no Escuro (SP), de Tiago A. Neves; Sofia Foi (SP), de Pedro Geraldo; Not Dead (BA), de Isaac Donato; Lista de Desejos para Superagüi (PR), de Pedro Giongo; e EROS (PE), de Rachel Daisy Ellis. Todos eles vão ser avaliados pelo Júri Oficial e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da Mostra.

Para este ano, a curadoria destaca os desafios únicos e singulares lançados por cada título na busca por reencontrar novas formas de imaginação através de seus discursos. São filmes que, ao falarem das contradições e questões urgentes do país, fazem-no pela união da forma e da invenção, reforçando o que neles há de mais estimulante para engajar o espectador.

Já a Mostra Olhos Livres é um recorte de longas-metragens que se caracteriza pela diversidade de formas e conceitos, sem regulamento prévio e muitas vezes alternando entre cineastas de carreiras consolidadas e em começo de trajetória. Em 2024, uma situação inédita se impôs, por força da safra: todos os seis títulos da seção são inéditos e vão ter pré-estreias durante a Mostra de Tiradentes.

A curadoria é assinada por Francis Vogner dos Reis, Tatiana Carvalho Costa e Juliano Gomes, e destaca um conjunto de possibilidades de invenção que não se dão por repetição de procedimentos, e sim pela percepção de que não existe uma fórmula única de expressão do mundo. É a reunião de filmes que dialogam com o presente do cinema brasileiro ao mesmo tempo em que recoloca a própria Mostra de Tiradentes num lugar de destaque para esse tipo de gesto de descoberta.

A seleção completa da Mostra Autorais, Mostra Clássicos de Tiradentes, Mostra Deslumbramento, Mostra Praça, Mostra Olhares, Mostra Foco Minas e a Mostrinha podem ser conferidas no site do evento.

A programação online do evento vai reunir títulos, alguns exibidos apenas neste formato, na plataforma do evento mostratiradentes.com.br. A seleção inclui títulos da Mostra Panorama e da Mostra Homenagem e serão disponibilizados para visualização entre os dias 20 e 27 de janeiro, simultaneamente à realização da programação presencial da Mostra na cidade mineira. Já o encerramento, em 27 de janeiro, será com a exibição do longa-metragem pernambucano A Transformação de Canuto, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho. O documentário se ambienta numa pequena comunidade Mbyá-Guarani, entre o Brasil e a Argentina, e trata da lenda de Canuto, homem que se transformou em onça e morreu tragicamente. O filme acompanha a tentativa de se registrar a lenda por meios audiovisuais.

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