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22 Janeiro 2024 | Yuri Codogno

Lucio Otoni é reeleito Presidente da FENEEC: "O grande desafio é a renegociação das dívidas dos exibidores"

Desde 2022 no cargo, Lucio Otoni comandará a entidade durante o biênio 2024-25

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(Foto: Divulgação)

Após eleições, a Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (FENEEC) continuará com o economista Lucio Otoni na presidência. No cargo desde 2022, Lucio será o líder da entidade durante o biênio de 2024 e 2025 e destaca que, no momento, o maior desafio será a renegociação das dívidas dos exibidores. 



“É sempre bom frisar que o grande desafio nosso, voltando à parte política, vai ser a renegociação das dívidas dos exibidores. O foco da FENEEC vai tentar conseguir uma flexibilização para os exibidores que precisam desse fôlego para fazer frente a todos esses investimentos que devem ser feitos”, ressaltou Otoni, após reeleição, ao Portal Exibidor. 

A dívida a qual Lucio se refere é dos empréstimos do Fundo Setorial do Audiovisual, que ocorreram para auxiliar os exibidores durante a pandemia e também no cenário pós-pandêmico.

Aliás, Lucio Otoni foi eleito para seu primeiro mandato com o objetivo de auxiliar na reestruturação da exibição, após enfrentar o fechamento das salas de cinema - momento em que poucos filmes, especialmente os blockbusters, conseguiram entrar em cartaz. Agora, além de ainda precisar atuar nisso e na questão dos empréstimos, muita coisa precisa ser realizada.

Alguns exemplos são a continuidade, em parceria com o setor de shows e eventos, do PERSE, um programa de incentivo fiscal ao setor de entretenimento que foi concedido ao final da pandemia e que, através de uma MP editada ao final de 2023 pelo Governo Federal, corre o risco de ser extinto. Tem também a questão da cota de tela para filmes nacionais, outras negociações e também como o setor reagirá com poucos filmes das majors chegando ao cinema em 2024. 

“Entrando mais na parte operacional, a gente sabe que a greve de Hollywood prejudicou muito. Os EUA estimam que bilhões em bilheteria foram [adiados] para 2025, o que aqui no Brasil não vai ser diferente. Em um apanhado com as 15 maiores empresas [que atuam no Brasil], o mercado entende que deve retrair em torno de 5% a 7% em 2024, em relação a 2023”, explicou Lucio. 

Para o primeiro semestre do ano, por exemplo, estão programados poucos blockbusters, como Madame Teia, Duna 2, Kung Fu Panda 4, Godzilla vs. Kong 2, Ghostbusters: Apocalipse no Gelo, Planeta dos Macacos: O Reinado, Furiosa e Divertidamente 2. Em 2023, por exemplo, foram mais de 15 blockbusters exibidos no primeiro semestre.

Entretanto, algo que pode ajudar o setor são os filmes nacionais, que nesse início de 2024 vêm obtendo um público que não era visto desde antes da pandemia. Somados, Minha Irmã e Eu (Downtown/Paris) e Mamonas Assassinas (Imagem FIlmes) possuem quase 2,5 milhões de espectadores no acumulado. Para os próximos meses, há expectativa de outros filmes brasileiros obterem bons números. Exemplos são: Turma da Mônica Jovem, Nosso Lar 2, Príncipe Lu e a Lenda do Dragão, Apaixonada, Evidências do Amor, Estômago 2 e Chico Bento.

“O que dá alguma esperança aos exibidores no Brasil é que a gente entende que o filme nacional vai ter uma performance maior do que teve em 2023, então isso pode atenuar de alguma forma essa queda do filme estrangeiro. Vamos para esses desafios, em mais um ano fazendo com que a sétima arte continue sendo a melhor diversão”, completou Otoni.

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