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16 Abril 2024 | Renata Vomero

Espaço de Cinema Cavideo é inaugurado no Museu da Maré

Exibições serão feitas nas terças e quintas-feiras por quatro meses

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(Foto: Divulgação)

Com o objetivo de ampliar o acesso dos moradores do Complexo da Maré à arte e à cultura, o Espaço de Cinema Cavideo é inaugurado hoje (16) no Museu da Maré, com programação gratuita que inclui exibições de filmes durante quatro meses (sempre às terças e quintas-feiras e em datas extras a serem anunciadas), debates e oficinas. Os filmes exibidos serão escolhidos entre os mais de 350 disponíveis do acervo da Cavideo, que nasceu como locadora, em 1997, e hoje é uma produtora de obras audiovisuais dirigida por Cavi Borges.

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Entre os filmes selecionados, estarão Cidade de Deus – 10 anos depois, de Cavi Borges; Distração de Ivan, de Gustavo Melo, Cavi Borges; L.A.P.A, de Emilio Domingos e Cavi Borges, entre outros. Depois do fim do projeto, em agosto, todo o equipamento adquirido para a abertura do espaço de exibição (projetor, computador, telão e aparelhagem de som) será doado para continuação do trabalho.

Uma vez por mês, haverá debate com um convidado após a sessão, com nomes como Neville de Almeida, Luciano Vidigal, Marcus Faustini, e uma oficina de como realizar e produzir filmes, ministrada por Cavi Borges, para até 30 jovens da comunidade durante dois meses. Haverá também sessões com tradução em LIBRAS, audiodescrição e capacitação da equipe do projeto para se relacionar com o público com deficiência auditiva e visual. O Espaço de Cinema Cavideo foi idealizado pelo ator e produtor Pedro Monteiro e pelo cineasta Cavi Borges, e é apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Paulo Gustavo.

Na primeira semana, serão exibidos os filmes Jango, de Silvio Tendler; O que é isso, companheiro?, de Bruno Barreto; Várias Vidas de Joana, de Cavi Borges e Abelardo de Carvalho, Manhã Cinzenta, de Olney São Paulo; Zuzu Angel, de Sérgio Rezende; e Torre das Donzelas, de Susanna Lira.

“O projeto nasceu da vontade de fomentar a cultura na região, mas também da minha memória afetiva da educação que recebi nas escolas municipais e estadual onde estudei. Sou formado no ensino médio pelo colégio estadual Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, aqui no Rio de Janeiro. O meu interesse pelas artes nasceu a partir de atividades na sala de aula ou nas iniciativas culturais públicas que frequentei. Assim, comecei a construir o adulto que sou”, lembrou Pedro Monteiro.

Durante seus 27 anos de atividades, a Cavideo tem contribuição fundamental para o fomento do cinema nacional, e firmou inúmeras parcerias com espaços de projeção na cidade, como o Nós do Morro, no Vidigal; a Arteiros, na Cidade de Deus; Cinema de Guerrilha da Baixada, em São João de Meriti; Subúrbio em Transe, em Vista Alegre, entre outros.

“Queremos ampliar o acesso dos moradores da Maré ao cinema, mas também organizar debates que gerem reflexões artísticas, políticas e sociais sobre os temas tratados nos filmes. A gente sempre teve essa vontade de estar em vários lugares do Rio, a diversidade é a marca registrada da Cavideo. Vamos apresentar para a comunidade da Maré filmes feitos no Vidigal, na Cidade de Deus, na Rocinha. Diferentes espaços da cidade também vão nessa ocupação”, comentou Cavi. “Vamos levar para lá nossa experiência não só de produção, mas também de distribuição, de exibições em cineclubes. Esse trabalho que a gente já desenvolve há 27 anos”, concluiu o diretor.

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