Fundada em abril de 2023, a distribuidora Cajuína Filmes está completando um ano de atuação no mercado enquanto se consolida como uma empresa que trabalha com produções de impacto. Entre curtas e longas-metragens, a companhia de Salvador possui mais de dez filmes em seu catálogo, entre produções prontas e algumas em processo de finalização. 

Algo que vale destacar também é que a distribuidora atua em diferentes estados brasileiros, trabalhando com produções da Bahia, Alagoas, Minas Gerais, Maranhão, Pernambuco, Piauí e São Paulo.

Responsável pela fundação da empresa, Leticia Santinon é distribuidora, pesquisadora, curadora e programadora audiovisual. A criação da Cajuína Audiovisual teve o intuito de contribuir com a diversidade na circulação e distribuição do audiovisual brasileiro, tornando-o mais representativo nas pluralidades do país. 

"Se tem uma palavra que pode traduzir esse primeiro ano da Cajuína é encontro. Encontros que surgem por meio de histórias, realizadores, equipes, sonhos e desejos. Nossa perspectiva é que a Cajuína siga garimpando mais projetos que versem sobre diversidade e destaquem as multiplicidades de rostos e histórias que possam circular nas mais variadas janelas de exibição", disse Leticia.

Até o momento, a Cajuína Filmes possui sete produções finalizadas em seu catálogo: Saudade fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges; Samuel e a Luz, de Vinícius Girnys; Três Dias com o Mestre, de Glauber Xavier; Jovem que Desceu do Norte, de Ana Teixeira; Roubar um Plano, de Lincoln Péricles (LK) e André Novais Oliveira; Meu Amigo Pedro Mixtape, também de Lincoln Péricles (LK) e; Estamos Sozinhos, de Igor Correia.

Além desses, há três filmes em produção e dois em finalização. Os primeiros são Histórias do Subsolo, de Octavio Lemos; Do Lado de Cá do Atlântico, de Daniele Valentim; e Ginga Reggae na Jamaica Brasileira, de Nayra Albuquerque. Já os filmes em processo de finalização são Parque de Diversões, de Ricardo Alves Jr; e Boi Romero, de Milena Rocha.

Mais sobre as produções

Entre os destaques dos filmes que contam com distribuição da Cajuína, encontra-se Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges, longa baiano celebrado em festivais do Brasil e do exterior e que vem acumulando diversos prêmios por onde passa, incluindo o Troféu Bandeira Paulista de Melhor Documentário do Júri Oficial da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (Mostra SP) e o de Melhor Filme do Festival de Artes Audiovisuales de La Plata, na Argentina.

Outra produção de grande impacto em festivais que integra o catálogo da Cajuína é Samuel e a Luz, de Vinícius Girnys, escolhido o Melhor Documentário na 47ª Mostra SP e, mais recentemente, premiado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no 63º Festival de Cinema de Cartagena, na Colômbia.

Ambos os filmes estreiam nos cinemas brasileiros ainda este ano e estão em consonância com a proposta da Cajuína de investir em conteúdos nacionais que ampliam a pluralidade de vozes e de narrativas, por meio de uma distribuição de impacto que conquiste novas janelas e novos públicos. 

A Cajuína também será responsável pela distribuição de Histórias do Subsolo, de Octavio Lemos, que narra o  desastre geológico na cidade de Maceió, envolvendo uma das maiores empresas petroquímicas do mundo. Enquanto milhares de famílias abandonam as suas casas e aguardam indenizações, as origens do problema revelam-se muito mais profundas, desencadeando um conflito que mudará para sempre a história da cidade.

A distribuidora conta com filmes de diretores reconhecidos no cinema independente, como Ricardo Alves Jr., com o longa inédito Parque de Diversões, além de Lincoln Péricles (LK) e André Novais de Oliveira em Roubar um Plano, filme que dirigem juntos e que fez sua estreia na Mostra de Tiradentes deste ano de 2024.