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07 Maio 2024 | Yuri Codogno

Segundo trimestre fiscal da Disney vê prejuízo com os streamings ficar próximo do zero

Empresa divulgou o balanço fiscal relativo aos meses de janeiro a março

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(Foto: Divulgação)

A Disney divulgou hoje (7) o balanço de seu segundo trimestre fiscal de 2024, revelando que a soma de seus streamings tiveram prejuízo de apenas US$ 18 milhões entre janeiro e março. Desta forma, a empresa está perto de obter lucro com suas plataformas, uma batalha que todas as empresas que oferecem serviço de streaming estão envolvidas. As informações são dos portais Hollywood Reporter e IndieWire.



A fim de evitar confusão em relação ao período fiscal, vale lembrar que, diferente de outras majors, a Disney considera entre outubro e dezembro como o primeiro trimestre fiscal do ano seguinte. 

A ideia da Disney, que registrou receitas de US$ 6,2 bilhões nas plataformas Disney+, Hulu/Star+ e ESPN+, é obter lucro quando o ESPN+ for integrado nos outros serviços. O planejamento é que, deste modo, a receita caia para US$ 5,6 bilhões, mas o lucro líquido suba para US$ 47 milhões. Entretanto, o lucro nos streamings só deve ser visto no quarto trimestre fiscal deste ano, visto que entre abril e junho a empresa estará realizando movimentações nas plataformas em diversos países, como no Brasil, em que o Star+ será totalmente integrado ao Disney+.

Em relação ao número de assinantes, o Disney+ registrou 6,3 milhões de clientes a mais no segundo trimestre fiscal, totalizando agora 117,6 milhões. A receita média por assinante, no entanto, caiu ligeiramente de US$ 8,15 para US$ 8, muito por causa do acordo da Disney com a operadora estadunidense Charter, que passou a oferecer pacotes promocionais na assinatura. O Hulu/Star+, por sua vez, adicionou 700 mil assinantes.

“Nossos resultados foram impulsionados em grande parte pelo nosso segmento de experiências, bem como pelo nosso negócio de streaming. É importante ressaltar que o streaming de entretenimento foi lucrativo no trimestre e continuamos no caminho certo para alcançar lucratividade em nossos negócios combinados de streaming no quarto trimestre. Olhando para a nossa empresa como um todo, fica claro que as iniciativas de recuperação e crescimento que iniciamos no ano passado continuaram a produzir resultados positivos”, disse o CEO da Disney, Bob Iger, em comunicado.

Em um contexto amplo, a Disney gerou receitas de US$ 22,1 bilhões no último trimestre, um aumento de 1% em relação ao ano anterior, com lucro operacional de US$ 3,8 bilhões, que ficou 22% maior do que no mesmo trimestre do ano passado. Seu fluxo de caixa livre no trimestre foi de US$ 2,4 bilhões. Como sempre, o maior impulsionador das finanças da empresa é a sua divisão de experiências, que teve receitas de US$ 8,4 bilhões e resultados operacionais de US$ 2,3 bilhões, ambos com um aumento de dois dígitos em relação ao ano anterior.

No cinema, a Disney não obteve resultados significativos, pois não houve lançamentos financeiramente tão relevantes no período. Os grandes blockbusters de 2024 da major começarão a ser lançados essa semana, com Planeta dos Macacos: O Reinado, enquanto junho e julho ainda nos reservam Divertida Mente 2 e Deadpool & Wolverine. Até o final do ano, outras importantes estreias são aguardadas, como Alien: Romulus, além da dupla Moana 2 e Mufasa, que serão considerados apenas no balanço de 2025. 

Iger detalhou os planos da empresa de reduzir a produção no Marvel Studios, dizendo aos analistas que o objetivo será produzir duas séries e dois a três filmes por ano. E no que diz respeito ao licenciamento, Iger sugeriu que está aberto para dar mais espaço à Netflix ou a outros serviços de streaming.

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