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18 Dezembro 2025 | Redação

"Papaya", de Priscilla Kellen, é o primeiro longa-metragem de animação brasileiro selecionado para o Festival de Berlim

Filme será lançado na França pela Gebeka Films e será distribuído no Brasil pela Cajuína Audiovisual

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(Foto: Divulgação)

A animação Papaya (Cajuína Audiovisual), primeiro longa-metragem de Priscilla Kellen, foi confirmada na seleção oficial do Festival de Berlim 2026, integrando a mostra competitiva da Generation KPlus, que acontece de 12 a 22 de fevereiro. O  anúncio marca um feito histórico: é a primeira vez que um longa de animação brasileiro integra a programação do festival alemão, um dos mais importantes do circuito internacional.

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Produzido pela Boulevard Filmes, em coprodução com Birdo Studio, Priscilla Kellen e Alê Abreu, diretor de O Menino e o Mundo, animação brasileira indicada ao Oscar em 2016, Papaya acompanha uma pequena semente de mamão que, apaixonada pela ideia de voar, precisa seguir em movimento para evitar enraizar-se. Ao longo da jornada, a semente descobre a força transformadora de suas raízes, capazes de conectar vidas por caminhos profundos e misteriosos e provocar uma verdadeira revolução em seu ambiente.

Com 74 minutos, sem diálogos e participação especial da cantora Tulipa Ruiz, Papaya combina formas bidimensionais, colagens e uma paleta visual inspirada em grafismos latino-americanos e nas obras paper-cutout do pintor francês Henri Matisse. Um estilo que Priscilla Kellen define como “tropicalismo pós-apocalíptico”, e que reforça a singularidade estética do filme agora reconhecido por um dos maiores festivais de cinema do mundo.

Além do reconhecimento artístico no próximo Festival de Berlim, o filme consolida sua trajetória internacional com a representação da Best Friend Forever, empresa com sede em Bruxelas. Em 2026, Papaya terá lançamento na França pela Gebeka Films, distribuidora responsável por clássicos e sucessos da animação mundial como Kirikou e a Feiticeira (Michel Ocelot), Meu Amigo Totoro (Hayao Miyazaki) e Minha Vida de Abobrinha (Claude Barras). No Brasil, a distribuição é da Cajuína Audiovisual.

Para a diretora, a seleção em Berlim e a recepção internacional confirmam a potência universal da história: “A ideia do filme nasceu de uma conexão profunda com a natureza e das transformações  provocadas pela maternidade. Quis contar uma história sobre movimento, crescimento e a coragem de criar raízes. Estar na seleção oficial do Festival de Berlim me dá confiança de que ‘Papaya’ tocará corações ao redor do mundo”.

Já Letícia Friedrich, produtora da Boulevard Filmes, celebra o reconhecimento inédito: “A presença de ‘Papaya’ no Festival de Berlim é histórica para a animação brasileira. Essa colaboração internacional reforça nossa crença na força universal das nossas histórias e na capacidade da animação de conectar culturas e gerações”.

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