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29 Janeiro 2016 | Vanessa Vieira

Amazon, Netflix e Fox se destacam em compra de conteúdo no Festival de Sundance

Evento terminará neste domingo (31)

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Aquisição de "The Birth of a Nation" foi a maior compra de filme realizada em Sundance (Foto: Fox)

O Festival de Sundance é o maior evento do tipo no mundo e sua dedicação ao cinema independente o tornou a principal vitrine para filmes do setor, afinal, o encontro resulta em muitas aquisições de conteúdo. E claro que a sua edição de 2016, que termina no próximo domingo (31), não poderia ficar atrás.

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Na verdade, o evento deste ano registrou a maior aquisição de um filme desde a criação do festival em 1985. Apesar de a Netflix oferecer US$ 20 milhões, quem realizou a maior compra de conteúdo foi a Fox, que ofereceu US$ 17,5 milhões pelo longa-metragem The Birth of a Nation.

Os produtores do filme teriam aceitado a proposta do estúdio devido à promessa de ter a produção exibida em cinemas e festivais, algo que poderia não acontecer se a venda fosse realizada para a empresa de serviços de streaming de vídeo. O recorde anterior de compra de conteúdo no evento era também da Fox pela aquisição de Pequena Miss Sunshine em 2006, o longa chegou a ganhar dois troféus no Oscar de 2007 e custou US$ 10 milhões ao estúdio.

The Birth of a Nation chamou a atenção de distribuidoras por abordar o movimento de libertação de escravos no Estado de Virginia, nos Estados Unidos – um tema interessante em meio às críticas ao Oscar por falta de indicações de negros às categorias da premiação. O longa foi elogiado pela crítica do Festival, assim como Manchester by the Sea (comprado pela Amazon) – os títulos ainda não possuem versão em português.

Apesar da conquista história da Fox, as empresas que mais estão se destacando nas aquisições durante esta edição do Sundance são a Amazon e a Netflix, o que representa uma significativa mudança no Festival, onde até então os serviços de streaming de vídeo não tinham tanto peso. Em pouco mais da metade do evento, de acordo com a Folha de S.Paulo, a Netflix, por exemplo, já tinha comprado três conteúdos enquanto as distribuidoras majors de Hollywood ainda não tinham se movimentado. Em alguns casos, as empresas chegaram a adquirir filmes oferecendo mais da metade do valor proposto por outras distribuidoras.

Os próprios cineastas mudaram seu relacionamento com esses serviços, apesar de ainda preferirem a exibição em salas de cinema. Um detalhe importante é o desejo da Amazon de estrear filmes em salas de exibição antes de lançá-lo no meio online. Mas isso deve acontecer apenas às produções com potencial para ganhar prêmios como o Oscar ou o Globo de Ouro.

Além das compras de conteúdo, o Festival de Sundance 2016 também contou com debates e painéis sobre diversos temas ligados à produção cinematográfica, parcerias tecnológicas com a Barco e a Dolby, e deve ainda trazer mais novidades até seu encerramento neste domingo (31).

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