10 Março 2016 | Verônica Domingues

Startup quer oferecer uma nova experiência para os cinéfilos

Por meio de uma taxa diferenciada, os espectadores poderiam assistir as estreias de filmes em casa

Pensar em novas formas de fazer um filme chegar ao consumidor final está na pauta dos grandes estúdios nos últimos anos. Com o surgimento dos serviços de VOD (Video On Demand) , como o Netflix, a questão da janela cinematográfica tem sido tema de inúmeras discussões ao redor do mundo.

Nessa semana, uma startup surgiu para adicionar mais lenha na fogueira. Chamada de Screening Room, a empresa chegou no mercado com a proposta de oferecer uma plataforma de confiança antipirataria para que os cinéfilos possam assistir aos filmes no conforto do lar, logo na data de estreia.

Para isso, os espectadores precisariam desembolsar US$ 150 para ter acesso ao serviço e mais US$ 50 por cada visualização. Uma vez pago, a pessoa teria um prazo de 48 horas para assistir ao longa.

O objetivo da Screening Room não é acabar com as exibidoras. A proposta é que essas redes possam lucrar com a concessão de ingressos para quem pagar os US$ 50. Os espectadores teriam direito a dois ingressos para ver o filme no cinema que preferissem.

De acordo com Sean Parker, o maior investidor da startup, a AMC– que recentemente comprou a Carmike Cinemas e pode pertencer a maior rede exibidora do mundo – está prestes a fechar um acordo com eles. Além disso, segundo matéria da Variety, Universal, Fox e Sony estão estudando o plano de negócios da Screening Room.

Entretanto, existe uma exigência da startup que pode atrasar as negociações com os estúdios. A empresa quer exclusividade de conteúdo, mas a Universal disponibiliza material para a Comcast, e a Sony para a PlayStation.

Há ainda outros desafios para a nova empresa. Eles estão relacionados aos sites de conteúdo ilegal – que são capazes de disponibilizar filmes gratuitamente algumas horas depois de lançados – e às janelas. A exibidora Regal, por exemplo, é favorável a 90 dias de janela.