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21 Outubro 2016 | Vanessa Vieira

Netflix bate expectativas para terceiro trimestre de 2016 com aumento nas assinaturas

Empresa recebeu 1,2 milhão de assinantes além do esperado e atribui sucesso a conteúdos originais

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Série "Stranger Things" foi um dos conteúdos originais da Netflix que tiveram destaque durante o trimestre (Foto: Netflix)

A Netflix divulgou seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2016, que superou as expectativas da companhia com US$ 2,29 bilhões de ganhos em ações com 12 centavos por título quando eram esperados 9 centavos por unidade. No entanto, logo após o anúncio dos bons resultados da empresa, suas ações cresceram 20% como resposta do mercado. Além disso, o faturamento do serviço de streaming de vídeo passou dos US$ 2 bilhões pela primeira vez, sendo 36% acima do valor somado no mesmo período de 2015.

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O que levou a Netflix a esse período bem-sucedido foi o crescimento acima do esperado no número de assinaturas. Enquanto eram esperados 2,3 milhões de novos assinantes, a empresa recebeu 3,57 milhões. Desses, 3,2 milhões vêm do mercado internacional e 370 mil dos Estados Unidos. Assim, a companhia soma 83,3 milhões de assinaturas atualmente, sendo que 12 milhões foram conquistados só em 2016.

A expectativa para o último trimestre é de que mais 5,2 milhões de pessoas no mundo assinem o serviço de streaming, sendo a maioria de territórios internacionais. Apesar da aposta no mercado mundial, a Netflix também divulgou que por ora não está mais tão dedicada a lançar sua marca própria de streaming na China devido às restrições da legislação local. Vale lembrar que a China é o segundo maior mercado de cinema do globo e que a companhia não descarta chegar ao território no futuro.

Durante o anúncio dos resultados do último trimestre, a empresa afirmou que os bons números são resultados diretos da sua aposta em conteúdo original, com destaque para as séries The Get Down, Narcos e Stranger Things. Em 2017, é esperado que a Netflix lance mais de 1.000 horas de produções próprias com investimento superior a US$ 6 bilhões, contra as 600 horas lançadas neste ano.

No entanto, Reed Hastings, CEO da empresa, afirmou no evento oficial nos EUA que, mesmo investindo pesadamente nesses conteúdos, não pretende elevar o faturamento da companhia por meio do aumento acentuado do valor da assinatura por enquanto. A única exceção de elevação dos preços do seu serviço é o Brasil, que receberá aumento por conta de sua taxa de inflação.

Aposta em parcerias

A Netflix também conta com as suas parcerias para garantir que cada vez mais pessoas utilizem seu serviço de streaming. Seu acordo de exclusividade com a Disney em território norte-americano já rendeu resultados, segundo a companhia, com destaque para o lançamento de Zootopia em streaming nos Estados Unidos.

Outra novidade é seu novo contrato de 10 anos com a Sunset Bronson Studios, destinado à locação de estúdios e escritório em Hollywood, Los Angeles (EUA), e com a rede de televisão, produtora e distribuidora latino-americana Telemundo. Esta última tem sede nos EUA e cederá conteúdos de língua espanhola, especialmente séries televisivas, para serem exibidas por streaming no território estadunidense e no mundo.

Somente neste semestre de 2016 a Netflix já fechou sua primeira parceira global com a Fox e anunciou um acordo polêmico com a rede norte-americana de cinemas iPic Theatres, que exibirá lançamentos da empresa ao mesmo tempo em que chegam a seu serviço de streaming de vídeo.

Atualmente a empresa enfrenta um processo movido pela Fox com a acusação de estar “roubando” funcionários do estúdio propositadamente. Embora o resultado da ação judicial não tenha saído ainda, a Netflix rebateu afirmando que a major estaria forçando seus colaboradores a aceitarem situações ruins de empregabilidade e também a restringir a “mobilidade profissional” entre empresas do setor de entretenimento.

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