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16 Dezembro 2016 | Fernanda Mendes

Estúdios de Hollywood diversificam para atingir público global

Para as companhias, o público mundial está em 60% da bilheteria total

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(Foto: Wonder How To)

Não é apenas a China que está mirando em mercados estrangeiros para engordar suas receitas de bilheteria. Os estúdios de Hollywood também estão enxergando a importância do público fora do circuito doméstico.



Segundo a revista Variety, atualmente o mercado estrangeiro faz parte de 60% da receita de bilheteria mundial para os filmes americanos. No entanto, há vinte anos atrás, o mesmo não ocorria.

Em entrevista à revista, Duncan Clark, presidente de distribuição da Universal Pictures International, afirmou que o mercado americano continua sendo muito rentável quando o assunto é tecnologia em exibição e o índice de telas, porém “a base populacional, por definição, significa que esse universo internacional irá entregar números muito maiores do que já testemunhamos para qualquer título que é lançado em uma ampla base”.

Por isso, muitos estúdios estão focando em filmes com elencos mais diversificados culturalmente e focados em audiências estrangeiras. Um exemplo é xXx: Reativado, estrelado por Vin Diesel, e distribuído pela Paramount.

A produção conta com atores de diversas nacionalidades e, só durante a Comic Con Experience 2016 fez enorme sucesso em seu painel. Durante os próximos dois meses, Diesel e elenco irão fazer a campanha do longa em outros países como a Índia, que inclusive, receberá a première mundial do filme. xXx: Reativado conta com a estrela indiana Deepika Padukone em seu time de atores.

Outro estúdio que está investindo nas multidões estrangeiras é a Sony Pictures que está construindo divisões locais (no total já são cerca de 10 países) e focando em filmes com grandes efeitos visuais e astros no elenco para atrair plateias do mundo todo. Além disso, Tom Rothman, presidente da companhia, contratou Sanford Panitch como presidente da divisão Columbia Pictures. Panitch já trabalhou para a Fox onde desenvolveu diversas produções regionais.

“Você tem que ter uma grande perspectiva de receita global. Nenhum estúdio deve aprovar um grande filme baseado em como será sua performance só nos Estados Unidos”, afirmou Panitch para a Variety.

A Universal e sua divisão Focus Features, que também detém a Universal Pictures Intl., também são encarregadas em dar uma abordagem mais global a seus filmes, além de comprar os direitos estrangeiros de filmes como American Honey, muito aclamado em Cannes, e La La Land – Cantando Estações.

Ainda, ao mesmo tempo que a internet e as mídias sociais também estão sendo grandes responsáveis por quebrar barreiras e permitir que filmes alcancem regiões mais distantes, as opções de entretenimento aumentaram.

“As pessoas têm muito mais escolhas do que antes, e aí que está o desafio”, afirmou Tomas Jegeus, presidente da Fox Intl. Productions.

Além das opções de entretenimento concorrentes, o público fora dos Estados Unidos também está mais seletivo quanto aos filmes que estão dispostos a assistir. Franquias com números infinitos de sequências não agradam mais tanto e filmes como X-Men: Apocalipse viu suas bilheterias caírem em comparação a seus longas anteriores.

“Há um pouco de fadiga das franquias, por isso tem que haver mais releituras das histórias, com sequências que apresentem elementos únicos e diferentes”, afirmou Veronika Kwan Vandenberg, presidente internacional de distribuição da Warner Bros.

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