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15 Março 2017 | Vanessa Vieira

Analista norte-americano prevê um ano de desafios para o cinema nos EUA

De acordo com especialista, 2017 terá mais lançamentos gigantescos arriscados e possíveis desapontamentos com títulos médios

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(Foto: Shutterstock)

Anualmente a consultoria Cowen & Co. realiza uma análise anual do mercado de cinema dos EUA, sendo desta vez liderada pelo especialista Doug Creutz.



Apesar da bilheteria recorde dos EUA no ano passado, o analista afirma que 2016 foi o quarto pior ano de arrecadação desde 2000 quando ajustado o valor à inflação do ano correspondente. Nessa mesma linha, Creutz aponta uma estimativa bem menos otimista do que poderia ser esperado para 2017. Para ele, este ano é “pelo menos tão difícil quanto” 2016 e será um período de lançamentos gigantescos arriscados e de mais desapontamento com filmes médios.

O especialista detalha que 2017 conta com 30 lançamentos que passam dos US$ 100 milhões de orçamento, o que representa um longa a mais do que no ano anterior e uma manutenção desse tipo de estreia. O cenário se torna preocupante para Creutz porque, em 2016, a Disney sozinha foi responsável por 60% do total arrecadado nas bilheterias, deixando quase 40% para apenas outros quatro estúdios: Universal/DreamWorks Animation, Lionsgate, Sony e Paramount. Para ele também é preocupante que os dois últimos tenham terminado 2016 com resultados abaixo do esperado.

Essa concentração de renda na Disney é um ponto de atenção para o analista porque em 2016 os blockbusters que não eram do estúdio teriam apresentado uma renda média de US$ 128 milhões no mercado local, uma queda de quase US$ 50 milhões.

Internacionalmente, Creutz chama atenção para mercados cinematográficos mais consolidados como a Europa Ocidental que estão “saturados” de blockbusters, diminuindo, assim, o público de filmes dos EUA fora do país segundo o portal Deadline. Vale contrapor que essa redução do público ainda não é tão crítica, já que em mercados como a China os títulos norte-americanos continuam a crescer.

Quanto aos estúdios, apesar de toda uma previsão potencialmente negativa do mercado, o analista destaca a Disney e a Warner como os possíveis mais bem-sucedidos. Um ponto de atenção vai para a Lionsgate, que pode criar uma nova franquia com Power Rangers.

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