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04 Maio 2017 | Vanessa Vieira

Comcast, Time Warner e Viacom têm resultados positivos no 1º trimestre de 2017

Enquanto a Comcast e a Time Warner foram impulsionadas pelas bilheterias, a Viacom registrou aumento na renda da Paramount

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(Foto: Entrepreneur)

Os conglomerados de mídia Comcast, Time Warner e Viacom anunciaram seus resultados do primeiro trimestre real de 2017.



Momento de mudança

A Viacom, que está passando por uma reestruturação em sua liderança e estratégia empresarial, apresentou resultados considerados positivos pelo mercado ainda que tenha registrado queda de 60% no lucro em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, a companhia conseguiu aumentar o valor unitário de suas ações em US$ 0,79, quando as estimativas eram de US$ 0,56.

Vale lembrar que a Viacom considera o primeiro trimestre real de 2017 como seu segundo trimestre fiscal e que a queda apresentada é relacionada a impostos e outras taxas referentes a canais de televisão, que custaram cerca de US$ 280 milhões. No entanto, sem esse valor, a empresa teria apresentado 5% de aumento em seu lucro com seus US$ 3,8 bilhões de faturamento que representam crescimento de 8%. Esse resultado bruto é considerado um positivo visto o histórico recente de quedas da companhia.

Parte desse crescimento da arrecadação se deve à performance da unidade de filmes da Paramount, estúdio do conglomerado, que teve aumento de 37% na receita, chegando a US$ 895 milhões com bilheterias, produtos licenciados e entretenimento doméstico somados. O longa mais bem-sucedido da Paramount no período foi xXx: Reativado com US$ 346 milhões de bilheteria global.

O estúdio recentemente retomou acordos bilionários com empresas chinesas, sendo que atualmente os investimentos vindos desse país já representam 30% dos recursos da companhia. [Atualizado em 05/05/2017, às 11h15]

Bilheteria em peso

Um ponto em comum entre Comcast e Time Warner é como ambos os grupos apresentaram crescimento de receita impulsionado pela bilheteria global dos longas de seus estúdios. Sendo que o primeiro registrou receita de US$ 20,46 bilhões, apresentando aumento de 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com lucro de US$ 2 bilhões, 20% a mais do que em 2016.

Desse resultado, a NBCUniversal, que também detém a Universal Pictures, contribuiu com US$ 7,8 bilhões, um aumento de 14% graças aos sucessos de Sing – Quem Canta seus Males Espanta, Corra!, Cinquenta Tons Mais Escuros e Fragmentado. Apenas a unidade de filmes da Universal teve aumento de 43% na receita, chegando a US$ 1,98 bilhão – somente as bilheterias dos cinemas somaram US$ 651 milhões, 176% a mais. A aquisição da DreamWorks Animation também ajudou as receitas.

Já os parques temáticos contribuíram com 9% de crescimento, arrecadando US$ 1,1 bilhão. Além disso, o parque Dream Center que será construído em Xangai (China) teve aprovação ambiental para iniciar as obras, o custo está estimado em US$ 2,4 bilhões.

A Time Warner, por sua vez, teve aumento de 17% do seu lucro de US$ 1,4 bilhão, o faturamento total foi de US$ 7,7 bilhões. O estúdio Warner Bros., que pertence à companhia, viu suas receitas crescerem 8% ao somar US$ 3,4 bilhões com a performance de Kong: A Ilha da Caveira e LEGO Batman O Filme nos cinemas. Também ajudaram na receita as boas vendas de Animais Fantásticos e Onde Habitam no entretenimento romântico.

O único ponto de atenção para o conglomerado Time Warner, que está em processo de venda para a AT&T, foi a queda de 2% na venda de publicidade em seus canais de televisão quando a estimativa era de 1% de crescimento. Apesar de percentualmente pequena, essa redução é preocupante já que esta é uma das principais fontes de renda do grupo. De acordo com o CEO da empresa, Jeff Bewkes, essa queda será temporária.

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