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07 Junho 2017 | Vanessa Vieira

O2 e Paris Filmes apostam na identificação com o público feminino em “Mulheres Alteradas”

O Portal Exibidor visitou o set de filmagens do longa, que busca ser uma comédia brasileira diferente

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Parte da produção foi filmada na Bahia (Foto: O2 Filmes | Paris Filmes)

Com roteiro inspirado na obra da cartunista argentina Maitena Burundarena, protagonistas famosas e foco nos dramas comuns à “crise dos 30”, Mulheres Alteradas é uma das apostas da produtora O2 Filmes e das distribuidoras Paris Filmes e Downtown Filmes para o ano que vem.

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A convite das empresas, a equipe do Portal Exibidor visitou em 1º de junho o set de filmagens do longa em Cotia (SP) para uma minicoletiva de imprensa com diretor, elenco principal e equipe de produção, além de conhecer alguns dos cenários. Mulheres Alteradas deve estrear no primeiro semestre de 2018. O projeto promete ser uma comédia brasileira diferente sem perder a atratividade ao público.

“A ideia é fazer um filme para o grande público, especialmente o feminino. A intenção é atingir o milhão ou milhões de espectadores, pensando em um longa que chegue a bastantes salas”, comentou Gabriel Gurman, diretor de marketing da Paris Filmes. Para o executivo, a própria campanha do filme terá foco na mulher atual, sendo que as personagens são “mulheres em transformação”.

Gurman destacou também que a distribuidora e a O2 já contam com mais de 5 anos de parceria e trabalham de maneira conjunta, com a Paris “palpitando” em história e elenco, enquanto a produtora participa da divulgação dos lançamentos. “A O2 sempre entrega um conteúdo muito bem feito, com qualidade de arte e um cuidado em todos os sentidos que faz a gente se orgulhar dessa parceria”. Inclusive, Gurman declarou que a Paris ajuda a O2 a avaliar a compra de propriedades intelectuais como no caso da aquisição dos direitos das tirinhas da Maitena.

Das tirinhas à telona

“Compramos os direitos há quase cinco anos e a ideia do longa veio como uma sugestão da direção da peça ‘Mulheres Alteradas’ [2010], que fez sucesso em São Paulo. Mas a peça e o filme são totalmente diferentes”, contou Andrea Barata Ribeiro, produtora e sócia-fundadora da O2 Filmes, que ainda apontou a adaptação das tirinhas para o cinema como uma das maiores dificuldades do projeto. Ela explicou ainda que a equipe – praticamente a mesma do curta Lili, a Ex – chegou a quatro temas-chave da autora argentina.

A produção conta a história de quatro mulheres que passam por crises comuns ao universo feminino: enquanto a personagem de Deborah Secco enfrenta problemas no casamento e a workaholic interpretada por Alessandra Negrini de repente se apaixona, as personagens irmãs de Maria Casadevall e Monica Iozzi invejam a situação uma da outra – uma é mãe 24 horas por dia e a outra é solteira e baladeira. As atrizes, inclusive, afirmaram se identificar com as personagens principais em seu cotidiano.

Porém, além do claro apelo ao público feminino, o cineasta Luis Pinheiro também defendeu a ideia de “fazer um filme que seja popular em bilheteria, mas que tenha um formato interessante”.

Para ele, que dirige seu primeiro longa-metragem, muitos diretores estão em busca de novas referências e linguagens para a comédia brasileira que fujam um pouco à “comédia de esquete”. Por isso, o filme usa de técnicas diferentes como o plano-sequência, que é a filmagem de cenas seguidas, sem corte. “Luis é um diretor de coragem porque no plano-sequência é muita gente que tem que acertar. É um balé não só da câmera, mas da equipe inteira”, comentou Deborah Secco.

Pinheiro afirmou que esse “refinamento” não tirará a capacidade do longa de divertir e atrair espectadores – e não só entre as mulheres. “É uma comédia rápida, cortante, e muitas vezes o filme parece um longa de ação porque as personagens estão sempre correndo atrás de alguma coisa. Esse movimento tem um apelo jovem muito forte. Já para os homens a produção pode ser interessante para eles entenderem o que passa na cabeça das mulheres”, brincou.

O público mais velho também pode se identificar com Mulheres Alteradas segundo o cineasta, já que as pessoas podem ver suas antigas dúvidas e vivências na telona.

Confira um breve depoimento de Luis Pinheiro aos exibidores:

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