11 Julho 2017 | Fernanda Mendes

Paris Filmes e Downtown apostam em suspense nacional nas telonas

Com roteirista de sucessos como “Tropa de Elite” e “Cidade de Deus”, o filme conta com Alexandre Nero e Andreia Beltrão no elenco

Uma trama cheia de subjetividade, mistério e ambiguidade. Esse é um dos próximos lançamentos da Paris Filmes, em parceria com a Downtown Filmes, Albatroz, que conta com grande elenco com nomes como Andreia Beltrão, Alexandre Nero, Maria Flor, Andréia Horta e Roney Facchini.

Em meio às gravações da produção que estreia em 2018, os atores, diretor e roteiristas receberam a imprensa em uma das locações do longa, a Galeria Olido, no centro de São Paulo (SP). Bráulio Mantovani, que já escreveu com Fernando Meirelles em Cidade de Deus e também em Tropa de Elite, comentou que, apesar de parecer com uma ficção científica, a maioria dos elementos do filme, realmente existem.

O longa narra a história de um fotógrafo que, após se tornar mundialmente famoso por registrar um atentado terrorista em Jerusalém, é procurado por seu primeiro amor, que o convida a realizar seu desejo de fotografar os sonhos em um laboratório de uma neurocientista.

O projeto, que nasceu em 2014, teve diversas inspirações ao longo do caminho. Primeiramente em outro filme, chamado A Estrada Perdida, de David Lynch, além de uma série sobre neurociência escrita pelo próprio Mantovani para a rede Globo.

“Escrevi o filme do jeito que eu queria. Foi muito difícil produzir esse roteiro porque você tem que costurar a narrativa, é um enredo caótico e embaralhado. A gente nunca sabe o que vai acontecer com o longa, é sempre uma aposta”, afirmou o roteirista.

A possibilidade para diversas interpretações sobre uma única narrativa, é algo que chama a atenção e promete ser o grande atrativo da produção. O processo para montar as cenas foi estruturado durante os ensaios e até mesmo nas gravações, em que os atores contam que muita coisa foi modificada, em comum acordo.

Andreia Beltrão, que vive Alícia, ex-namorada do protagonista vivido por Alexandre Nero, está empolgada com as gravações, mas fez questão de manter o mistério sobre o filme e brincou sobre sua personagem não ser “flor que se cheire”.

“O filme para mim é como se fosse um sonho. As cenas se completam e ao mesmo tempo não. Eu pude fazer cada uma de um jeito diferente, está sendo bem divertido”, contou.

Exibição

Produtora executiva do longa, Clara Ramos, acredita no crescimento orgânico do público gerado pela curiosidade que o enredo proporciona. Segundo a profissional, além do roteiro instigante, o apelo comercial se dá justamente na aposta em um elenco conhecido, por meio do qual esperam um bom retorno.

Daniel Augusto, diretor do longa, também ressalta o caráter convidativo da narrativa, que é comparado a um quebra-cabeça. “Quando a pessoa assiste cinco minutos do filme, ela quer ver como aquilo vai terminar. Tem elementos de suspense, que são grandes atrativos, além de passar uma atmosfera que parece um grande pesadelo”, explica.

Para finalizar, o diretor deu um recado aos exibidores sobre seu longa: “As pessoas vão amar esse filme!”