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28 Julho 2017 | Natalí Alencar

Vilacine mira mercado distribuidor independente

Para driblar a crise, empresa com DNA da exibição aposta também na distribuição de filmes

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(Foto: Vilacine)

A Vilacine, exibidora com salas independentes no Rio de Janeiro (Copacabana), Minas Gerais (Caeté) e responsável pela programação da sala Unibes (SP), retoma agora um projeto para distribuição de filmes.

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A ideia, segundo o diretor da empresa, Raphael Aquinagua, é oferecer uma opção mais acessível ao exibidor independente, principalmente, diante da atual crise econômica e política, que tem afetado os pequenos exibidores, especialmente os que exibem filmes alternativos e independentes.

Aquinagua explica que a experiência da Vilacine com as oito Mostras que realizou e os 54 filmes inéditos exibidos, lhe deram know-how para entender o perfil do público e saber qual filme funciona. A maioria deles, não chegaria a ser exibido no Brasil, não fosse esse modelo alternativo.

O diferencial do projeto é a divisão feita na arrecadação da bilheteria, que segundo ele, atualmente não é um modelo viável para os exibidores e que muitas vezes faz com que eles fiquem sem exibir filmes por não terem conseguido honrar os débitos com os distribuidores. A intenção é aumentar a fatia de rendimento para o exibidor.

Outra proposta é uma espécie de ‘compra coletiva’, permitindo que assim cada exibidor envolvido na aquisição do filme tenha 100% de direito sobre a renda obtida com as sessões.

“Por sermos exibidores independentes, entendemos o que os nossos colegas passam. Queremos propor um modelo mais justo e que garanta a sobrevivência de salas como as nossas”, disse.

A briga pela sobrevivência foi sentida por ele em março desse ano, em que uma das salas da rede fechou no Rio Shopping (RJ).

“Não existe política de apoio a sala de cinema independente, precisamos reinventar o negócio. É saudável que o mercado cresça e encontre novas opções”, completa Raphael Aquinagua.

Esse modelo de empresas exibidoras que também atuam em distribuição já existe com a PlayArte (PlayArte Filmes), Reserva Cultual (Imovision) e Cineart (Cineart Filmes).

Catálogo

Operando com a mesma marca, a Vilacine, tem dois filmes já com distribuição confirmada.

Em 27 de julho, algumas cidades brasileiras começaram a exibir o documentário francês Foucault contra si Mesmo (2013). Michel Foucault deixou uma obra lendária que foi traduzida para todas as línguas do mundo e que tem sido objeto de mil interpretações. O homem era muito parecido com seu trabalho: complexo e contraditório. O filme espelha todas as facetas de sua vida agitada. A direção é de François Caillat.

Outro longa confirmado, porém, sem data oficial é o documentário Mama Colonel, selecionado para vários festivais de cinema pelo mundo, inclusive o Festival de Berlim do ano passado. Nele, o coronel Honorine, mais conhecida como "Mama Coronel", trabalha para a polícia congolesa e chefia a unidade para a proteção de menores e a luta contra a violência sexual. Tendo trabalhado por 15 anos em Bukavu, no leste da República Democrática do Congo, ela descobre que será transferida para Kisangani. Lá, ela se vê confrontada com novos desafios. Através do retrato desta mulher extraordinariamente corajosa e tenaz, que luta pela justiça, este filme aborda a questão da violência contra mulheres e crianças na RDC e a dificuldade de superar a guerra passada.

Além desses, já está em negociação a aquisição de outras quatro produções argentinas e duas brasileiras, garantindo assim um lançamento por mês até o fim do ano.

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