28 Julho 2017 | Fernanda Mendes
Distribuidoras brasileiras ganham força em 2016, segundo informe da ANCINE
As empresas encerraram o ano com receita de R$ 347,7 milhões
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A ANCINE publicou no OCA - Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual o informe do mercado de distribuição relativo ao ano de 2016. A divulgação confirma e complementa alguns dos dados já anunciados pelo Informe Preliminar veiculado em janeiro.
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Como já divulgado, o público do ano passado nos cinemas permaneceu em 184,3 milhões de espectadores, gerando uma renda bruta de R$ 2,6 bilhões.
O crescimento em comparação a 2015 manteve uma tendência, com pequenas oscilações: foram R$ 2,4 bilhões no ano retrasado, tendo um aumento de pouco mais de R$ 100 milhões.
Distribuição
Uma das novidades no setor foi a abertura de Minha Mãe É Uma Peça 2. Além de Os Dez Mandamentos que teve uma estreia em 1.127 salas em 2016, um recorde para uma produção nacional, a comédia com Paulo Gustavo também alcançou este marco, estreando em 1.055 salas e aumentando para 1.125 em sua segunda semana de exibição.
Além das duas únicas produções nacionais que abriram em mais de 1.000 salas no ano passado, um dado interessante é sobre a produção regional O Shaolin do Sertão. O filme originário do Ceará foi lançado em apenas 29 salas, mas alcançou a 11ª posição no ranking de filmes nacionais do ano de 2016. O seu circuito foi aumentando gradativamente, sendo ampliado para 168 salas na terceira semana de exibição e para 187 salas na quarta semana.
Outra novidade para a produção brasileira foi o aumento dos lançamentos nacionais, considerada a mais alta pelo histórico da ANCINE: 217 filmes, sendo 142 colocados em circuito comercial.
Em 2016, o número de empresas ou parcerias que atuaram como distribuidoras, culminou em 110 agentes, que comercializaram 764 filmes. Dentre as empresas, 42 foram produtoras brasileiras, número recorde.
Em termos de quantidade de filmes colocados no mercado, a Imovision foi a distribuidora que mais distribuiu filmes, com 74 títulos comercializados, seguida pela Vitrine Filmes, com 40 longas, e pela Universal, Alphaville Filmes, e Califórnia, com 33 produções comercializadas por cada.
No entanto, quando a questão é a comercialização de obras nacionais, a Vitrine Filmes ficou na primeira posição, com 34 obras brasileiras colocadas em circuito comercial, ficando com 1,8% da renda. A Downtown/Paris foi a segunda distribuidora a comercializar o maior número de títulos nacionais em 2016, com 22 ao todo, tendo 79,8% da renda total.
Aliás, as distribuidoras brasileiras ampliaram suas participações no mercado. Encerraram o ano com receita bruta de R$ 347,7 milhões, uma evolução de 46,5% comparativamente a 2015. Já na renda de comercialização de obras brasileiras, tiveram participação de 95,8% do total em 2016. Segundo a ANCINE, “a forte concentração de mercado pelas distribuidoras internacionais, em termos de receita, foi acompanhado por um fortalecimento da concentração de mercado de obras brasileiras pelas distribuidoras nacionais”.
Internacional
Boas notícias também para os filmes estrangeiros. Em 2016, 18 longas estrearam em mais de 1.000 salas, número que representa o dobro do ano de 2014. Aliás, também houve recorde no número de lançamentos estrangeiros, que estrearam em mais de 300, 500 e 700 salas: foram 71 filmes, 44 e 35 longas, respectivamente.
Cabe observar que o tamanho do parque exibidor brasileiro tem crescido nos últimos anos, chegando ao total de 3160 salas de exibição em funcionamento em 2016, um de seus melhores ápices desde a década de 70.
Confira o estudo da ANCINE na íntegra.
Veja também o estudo publicado pela Barlovento Comunicación e Media Research & Consultancy, em que o Brasil aparece como destaque de público entre os países ibero-americanos.
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