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30 Agosto 2017 | Vanessa Vieira

Black Filmes reforça equilíbrio de qualidade e viés comercial para o cinema

Sócio e cineasta Afonso Poyart comenta nova fase da produtora e parceria especial com a Paris Filmes em entrevista ao Portal Exibidor

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(Foto: Divulgação/Uol)

Em julho, a distribuidora Paris Filmes e a produtora Black Maria anunciaram uma parceria especial, sendo um dos motivos da mudança do nome da companhia para Black Filmes.

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Em entrevista ao Portal Exibidor, o cineasta e sócio da produtora, Afonso Poyart, comentou a novidade. “Foi um alinhamento de visões das empresas, podendo explorar um nicho de mercado ainda pouco explorado no cinema e na televisão, com filmes de gênero que fogem um pouco do eixo comédia”, explicou.

O diretor, responsável por lançamentos como 2 Coelhos (247 mil ingressos) e Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo (548 mil), afirmou que a mudança de nome da produtora não se trata de uma “sociedade” entre a empresa e a Paris, mas sim de uma nova fase da Black Filmes, que inclui uma nova equipe e um foco voltado para a produção cinematográfica e televisiva. A companhia continua a produzir publicidade, mas segue com menos ênfase nessa atividade.

Essa nova parte da história da produtora inclui a parceria com a Paris, definida por Poyart como “first look deal”. Ou seja, cada projetor da Black, a distribuidora tem o direito de ser a primeira distribuidora a poder avaliar a proposta e distribuir, se quiser. “Se eles não quiserem ficar com o projeto, podemos ir para o mercado e trabalhar com outras empresas”.

Além disso, ele apontou que a Black Filmes pode até mesmo atuar em parceria com a produtora Paris Produções, que faz parte da distribuidora. Um projeto que deve unir as expertises das duas empresas é Bateau Moche, drama que deve ser gravado em 2018 com Poyart na direção ou, caso ele não possa assumir essa função devido a outras filmagens, como produtor. Apesar da agenda apertada, o título é esperado nos cinemas no fim de 2018 com distribuição da Paris, em parceria com a Downtown Filmes.

Conteúdo equilibrado

Poyart define o estilo de produção buscado pela Black Filmes como “smart art”, que busca equilibrar qualidade e viés comercial em cada projeto. “A ideia é mesmo fazer filmes com a veia comercial, mas explorando gêneros menos óbvios no cinema comercial brasileiro, que são os gêneros de ação, thriller, terror, podemos até fazer biografias também”, comentou.

Para ele, o cinema simplesmente “de autor” não entra no interesse da produtora, assim como o título “só comercial” também não é o foco. Porém, o cineasta reforçou que todo projeto da Black precisa ter um viés comercial, seja no cinema, no VOD ou em outras plataformas. A ideia é criar um conteúdo que seja interessante e rigoroso do ponto de vista cinematográfico e, ao mesmo tempo, capaz de atrair espectadores para o cinema. “Essa é a nossa meta”.

Outra aposta do diretor é em produção para exportação, com a Black Filmes atuando em projetos de língua inglesa filmados no Brasil ou fora dele. Inclusive, já existe um roteiro de um longa de terror de orçamento reduzido, no estilo do que James Wan fez com Invocação do Mal. Poyart revelou que a produção deve ser gravada em meados de 2018 no interior do Estado de São Paulo, podendo ser em Campos de Jordão, e afirmou que tem total interesse em lançar o título no mercado brasileiro de cinema.

Entre os próximos projetos da Black Filmes, estão a ficção-científica Colisão, que está em fase de desenvolvimento do roteiro, e Sol, que está metade financiado e agora segue em busca do restante para início das filmagens no início de 2018, com direção de Lô Politi. Ambos ainda não têm data de lançamento revelada.

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