10 Abril 2020

Mulheres de sucesso no Brasil e no mundo

Muito se fala sobre as oportunidades dadas as mulheres dentro do mercado audiovisual. Os números na direção de filmes mais atualizados são de 2018 e mostram as mulheres em 20% da direção das obras audiovisuais brasileiras, 25% no roteiro e 12% na fotografia.

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Por outro lado funções tidas como de responsabilidade financeira, como produção executiva, somos 41%. E mesmo responsáveis por captações de orçamentos de diversos tamanhos e histórias, a direção masculina é esmagadoramente maior, e em muitos casos força equipes a terem muitas vezes nenhuma mulher como chefe

de equipe.

Em 2010 houve um fato histórico e transformador, Katryn Bigelow ganhou o Oscar de Melhor Direção, pela primeira vez na história do prêmio a ser ganho por uma mulher (!).

E a partir daí começou uma mudança social e audiovisual, de oportunidades, valores e pontos de vista do olhar feminino. Afinal, somos metade da população mundial e queremos nos ver nas telas, nas histórias e podendo ser qualquer personagem.

Nos últimos anos nasceram super-heroínas poderosas, engraçadas e malucas, a maioria com ótimas bilheterias, que já ficaram consolidadas no imaginário coletivo desde memes até fantasias de carnaval.

Este ano, das cinco estreias mundiais mais aguardadas, três são com protagonistas E DIRETORAS mulheres – “Mulan” de Niki Caro, “Mulher Maravilha 1984” de Patty Jenkins, e “Viúva Negra” de Cate Shortland.

No Brasil, a conquista de 2010 no Oscar também fez efeitos. O maior número das diretoras brasileiras são do cinema de independente e de autor, mas se listarmos todos os filmes da história dirigidos por mulheres, por número de espectadores, nas 10 primeiras posições temos três vezes Cris D’Amato somando 5 milhões de

ingressos, três vezes Julia Rezende somando mais de 7 milhões de ingressos, e no primeiro e segundo lugar Susana Garcia com dois sucessos absurdos de bilheteria, somando mais de 16 milhões de ingressos.

Ou seja, cada gênero tem suas características e qualidades, mas todos temos potencial.

Abaixo o ranking completo:

Barbara Sturm

É diretora de conteúdo na distribuidora Elo Company, professora do curso de planejamento estratégico no Centro Cultural B_arco e membro do coletivo Asas