03 Outubro 2019 | Fernanda Mendes

Laís Bodanzky fala sobre importância do audiovisual em SP

Presidente da Spcine afirma "a cidade precisa da indústria do audiovisual, sim"

Com um estande na Expocine19, a Spcine quer mostrar o valor do audiovisual à economia brasileira. A presidente da empresa municipal, Laís Bodanzky, apresentou um painel na manhã desta quinta-feira, dia 3, falando sobre a importância de São Paulo para essa engrenagem da indústria do audiovisual.

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Primeiramente, a cidade é responsável por 40% da indústria do audiovisual do País, e, além disso, também é o quarto país do mundo em consumo de conteúdo. Além disso, o audiovisual brasileiro, em si, é responsável por 0,46% do PIB, um valor de R$ 24,5 bilhões, além de empregar 18.597 profissionais diretos. “Isso é muito grande. Por isso, quando assumi a presidência do órgão, eu senti falta de um espaço que mostrasse esses números. Aí lançamos o Observatório, que fica dentro do nosso site com todos esses dados”.

Desde que foi fundada, há quatro anos atrás, a Spcine tem como objetivo democratizar o acesso ao audiovisual, e isso inclui tanto a exibição, quanto distribuição e produção. Na área da exibição, a empresa possui 20 salas (em lugares que não têm cinema) e já contou com mais de 1,5 milhão de ingressos vendidos. Além disso, a avaliação de suas salas pelo público é 97% positiva. Laís, inclusive, fez questão de dizer que a Spcine não é uma concorrente dos outros exibidores. “Focamos nas pessoas que não consomem cinema. Por que elas não vão ao cinema? Nosso objetivo é levar cinema a elas”.

Aliás, uma peculiaridade do circuito foi a estreia de Turma da Mônica – Laços, que se destacou como a melhor estreia do nosso circuito, além de ser a quarta maior bilheteria de toda a trajetória da Spcine. “Esse ano não renovaram a Cota de Tela, mas nós queremos garantir essa diversidade na programação. Passamos desde blockbusters, até filmes da Mostra de SP”.

Na área de produção, há dois anos a empresa também lançou a SP Film Commission, um auxílio do governo para as produções que querem filmar na cidade. Se antes, uma produção levava um mês e meio para conseguir as devidas autorizações, hoje, por exemplo, são apenas oito dias. Desde então a Spcine ajudou a lançar mais de 60 longas e a cidade virou o segundo maior destino para filmagens na América Latina.

Aliás, apesar da crise no financiamento para produções, os números da SP Film Commission só continuam a crescer. Em 2018 foram R$ 496 milhões gerados pelas atividades e esse ano já foram R$ 340 milhões.

“O que quero dizer com esses números é que a cidade precisa da indústria do audiovisual, sim!”, finalizou.

 Confira a cobertura do terceiro dia da Expocine19.