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14 Novembro 2019 | Thais Lemos

Christian de Castro, diretor-presidente afastado da Ancine, renuncia ao cargo

Executivo publicou carta se defendendo de acusações

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(Foto: Ancine)

Christian de Castro, presidente afastado da Ancine em agosto deste ano, renunciou seu cargo em uma carta direcionada ao presidente Jair Bolsonaro e a Marcelo Álvaro Antônio, gestor do Ministério do Turismo, do qual agora a Secretaria Especial de Cultura faz parte.

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“Nestes dois anos de mandato, quase integralmente exercendo a presidência da agência, cumpri o meu dever e o compromisso assumido em minha sabatina de trabalhar incessantemente pelo desenvolvimento do mercado audiovisual brasileiro”, afirma Christian no comunicado oficial. “Sou um técnico, não pertenço a grupos políticos. Nunca tive o desejo ou a ambição de ocupar cargos públicos ou políticos”.

Desde seu afastamento em agosto, Christian foi denunciado três vezes pelo Ministério Público Federal (MPF). A primeira denúncia firma que o executivo foi acusado de ter se unido a outras sete pessoas para denegrir a imagem de outros diretores da Ancine.

Em seguida, o diretor-presidente afastado foi acusado de falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato, por ter omitido, entre 2008 e 2019, que era sócio administrador da empresa Supro Limited, localizada nas Ilhas Virgens Britânicas.

No início de novembro, Christian foi denunciado, pela terceira vez pelo MPF, por falsidade ideológica e estelionato. Com isso, o juíz da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou o afastamento do executivo.

“Infelizmente fui vencido pela reação daqueles a quem a transparência não interessa”, disse Christian. “Apesar de todos os indícios de irregularidades em gestões passadas, o Ministério Público Federal para estas não atentou, passando a me acusar infundadamente, chegando inclusive a pleitear o meu afastamento do cargo, de forma reiterada, o que não se justifica”.

Além disso, Castro afirma que a decisão foi tomada para não prejudicar as atividades da agência, e que não pretende participar de brigas políticas que não favorecem o setor audiovisual.

“Minha saída deixa espaço para compor uma nova diretoria, inclusive com novo Diretor Presidente, visto que hoje conta com apenas com um diretor, subvertendo o princípio do colegiado das agências reguladoras. Torço para que a nova diretoria tenha força para promover a transformação tão necessária para a garantia da liberdade de expressão e a pluralidade de visões no audiovisual brasileiro”, finaliza Christian.

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