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03 Dezembro 2019 | Fernanda Mendes e Thais Lemos

Streaming e modelos de negócios são debatidos no primeiro dia da CCXP Unlock

Mudança causada pela chegada de tecnologias foram debatidas por mulheres do mercado de entretenimento

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(Foto: Portal Exibidor)

Entre os dias 3 e 4 de dezembro, acontece a CCXP Unlock, voltada para os profissionais do mercado de entretenimento, visando discutir oportunidades de investimento e empreendedorismo no setor.

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O primeiro painel do evento reuniu Patricia Muratori, diretora do Youtube Brasil, Tereza Gonzalez, diretora sênior da Viacom e Rita Moraes, fundadora da LB Entertainment, para discutir sobre o streaming e modelos de negócios.

“A indústria de entretenimento sempre muda a partir da chegada de uma nova tecnologia. O grande motor para que o consumidor consiga curtir isso, é a forma como o produtor de conteúdo encara [essas mudanças]”, declarou Patrícia.

Para Tereza, a chegada de novas tecnologias proporciona novas cadeias de dinheiro, com acesso a novos recursos e parceiros. “O criador precisa se desacostumar de sua propriedade intelectual. No Brasil, sempre tivemos uma tradição que valoriza mais o diretor do que o produtor. A mudança importante é que você não é mais dona do seu negócio, você vende sua propriedade intelectual”, afirmou a profissional, que por vir do mercado de cinema, esse novo modelo de negócio a assustou no início.

Em relação ao Youtube, a plataforma preza por uma forma mais democrática e o conteúdo não é exclusivo da empresa, o criador pode usá-lo em diversas janelas. Segundo Patricia, a plataforma funciona como um tripé, reunindo o usuário, os criadores de conteúdos (incluindo os criadores que surgiram na plataforma, grandes empresas e até redes de televisão), e modelos de negócio, que envolvem o Youtube Premium, o Youtube Music, a plataforma aberta em si, e outros modelos que ainda não chegaram no Brasil. “O Youtube nasceu de um princípio muito simples, mas bastante otimista, que é dar voz pra todo mundo e dar opções para a audiência”, afirmou a diretora da plataforma no Brasil.

Atualmente, 67% dos brasileiros assistem e consomem conteúdo online, principalmente por smartphone e tablet. “Não acho que a forma de criar mudou. Muitos criadores têm o conteúdo para o Youtube. Quem tem o poder agora é o espectador de assistir como quiser”, declarou Tereza. A diretora da Viacom também acredita que o modelo do Youtube também é muito afrente, uma vez que a plataforma não cobra para você consumir um conteúdo, o que compete diretamente com as outras janelas pagas, como o streaming.

Tereza também foi diretora do Porta dos Fundos por mais de 5 anos. O canal de esquetes que teve início no Youtube e hoje conta com mais de 16 milhões de inscritos, chegou aos cinemas em 2016, com o projeto Porta dos Fundos – Projeto Vitalício (Downtown/Paris), obtendo um desempenho aquém do esperado. Quando questionada pelo Portal Exibidor, a executiva afirmou que o problema foi a diferença entre as janelas. “Foi um aprendizado. Foi o único lugar em que não entendemos que ali a janela teria que ser diferente", explicou.

"Essa é outra dica: Entenda o seu modelo de negócios!", finalizou Rita. 

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