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10 Janeiro 2020 | Fernanda Mendes

"Está na hora de darmos ao público um pouco mais", conta diretor de novo longa nacional

"A Divisão" chega em 23 de janeiro com distribuição da Downtown/Paris

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(Foto: Carlos Fofinho)

Após lançar Motorrad (Warner), filme de terror que rodou festivais e arrancou elogios da crítica, o cineasta Vicente Amorim vem com outro lançamento, desta vez do gênero de ação. A Divisão (Downtown/Paris) estreia em 23 de janeiro e traz em seu elenco nomes como Dalton Vigh, Marcos Palmeira, Natalia Lage e Erom Cordeiro.



“Está na hora de darmos ao público um pouco mais”, contou Amorim durante entrevista ao Portal Exibidor, sobre o investimento em filmes de gênero para os espectadores brasileiros. “Por medo e ignorância os produtores brasileiros sempre investiram pouco neste tipo de longa. Fico feliz de estar na vanguarda dessa mudança, mas não estou sozinho”.

A Divisão retrata os bastidores de um grupo de policiais da Divisão Antissequestro (DAS) que, no final da década de 1990, se une para solucionar a onda de violência que assolava o Rio de Janeiro, com cerca de 11 sequestros por mês.

Para a empreitada, o diretor e o produtor, José Junior (fundador da ONG AfroReggae), convidaram José Luiz Magalhães para ser um dos roteiristas da história. Magalhães nada mais é que um dos policiais que viveu aqueles episódios na vida real. Além de trazer mais realidade à trama, o papel de Magalhães também foi importante para amarrar muito bem o roteiro com às cenas de ação. “O que muita gente não se dá conta é que a boa cena de ação só funciona se ela está bem integrada já ao roteiro, se ela nos ajuda a saber mais sobre os personagens, se ela é dramaticamente indispensável. E isso só acontece se ela é bem escrita”, explicou o cineasta.

Além do ex-policial, a equipe do filme também colocou frente a frente os sequestradores reais, vítimas e os outros policiais que viveram aqueles episódios. Tudo isso faz diferença na hora de imprimir àquela história para as telonas.

Outro fato interessante do filme é que ele foi filmado simultaneamente com a série homônima que já está no ar na plataforma GloboPlay. Segundo Amorim, os dois projetos sempre coexistiram, “não é uma série que virou um filme ou vice-versa”. Primeiro, a equipe escreveu o roteiro do filme, para depois partir para os episódios da série. Durante a finalização a prioridade também foi o longa. Desta forma, o filme e a série não se cancelam, são produtos complementares.

Sobre o lançamento do longa, o público pode esperar uma história cheia de tensão, ação e “bastante coisa para pensar”. Amorim, ainda completa: “O que aqueles personagens viveram há 20 anos é a origem do que estamos vivendo agora”.

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