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07 Maio 2020 |

Exibidores brasileiros preveem retomada das atividades em julho

Em webinário, representantes do mercado falaram sobre expectativa para a volta das atividades

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(Foto: Tonks)

Ontem (6) no webinário promovido pela Revista Exibidor, o assunto foi a retomada das salas de cinema. Entre os convidados do debate estavam: Ricardo Difini (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas), Gilberto Leal (Sindicato dos Exibidores do Estado do Rio de Janeiro), Everson Mendes (Ceth Engenharia) e Rogério Silveira Jr, o Bill, da Equinox.

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Segundo Difini, o mercado exibidor já tem a data para o retorno: 2 de julho, uma quinta-feira. Ele explicou que essa data coincide com a de outros territórios globais, já que, em sua visão, os cinemas brasileiros dependem das estratégias dos lançamentos de filmes globais, não apenas dos nacionais. “Acreditamos que nesta data tudo já estará bastante tranquilo. É claro que é só o dia a dia que vai mostrar o que vai acontecer, então essa reabertura pode se adiantar ou se atrasar”.

Para Leal, mais importante que uma data é a preparação dos exibidores para esta retomada. Segundo o presidente do Sindicato dos Exibidores do Estado do Rio de Janeiro, a ideia é que quando o governo autorize a retomada das atividades, os cinemas possam mostrar que estão preparados para receber novamente os espectadores. Aliás, ele ressaltou que esse trabalho de receber as pessoas sempre foi feito pelos cinemas, como higienização das salas, e agora a ideia é acrescentar mais alguns detalhes na operação.

Detalhes aliás que Everson ressalta que podem não pesar muito no bolso do exibidor. “A venda do ingresso pela internet, a limpeza entre as sessões, o controle da capacidade de lugares. Tudo isso são coisas que não exigem investimentos volumosos e vai sim ser possível cuidar do nosso cliente”.

Aliás, a Ceth que está com um novo produto para desinfecção de ambientes, teme que os exibidores deixem para a última hora o planejamento da retomada. Muito porque os cinemas estão aguardando datas e exigências dos órgãos do governo, que ainda estão indefinidos.

Já o representante da Equinox revelou que realmente seu trabalho depende da sinalização do governo. A ideia, segundo ele, é pensar em conjunto com seus clientes as melhores formas de comunicar os espectadores para gerar segurança, confiança e para buscar resultados.

Inclusive parte dessa comunicação, para Everson, tem que ser feita presencialmente com os clientes e vai diferenciar de cinema para cinema. “Tem que deixar claro para cada cliente do seu cuidado diferenciado. Um cliente de Porto Alegre não tem a mesma visão que um espectador de Natal, cada um tem sua cultura, e acho que não é um momento de ter um produto de prateleira, tem que manter seus critérios básicos e acrescentar mais detalhes, não só a higienização antes e depois das sessões, mas ponto a ponto. Tem que ficar muito aparente o zelo com o cliente”. Ele ainda lembrou sobre os cuidados que também devem ser dados à bombinière, cozinha, bilheteria e sala de projeção.

Por fim, Difini salientou que o mercado de exibição se uniu para criar um protocolo de segurança para apresentar às autoridades de cada região. O documento foi feito com base em protocolos preexistentes de alguns países e já foi apresentada uma primeira versão disso ao Governo de São Paulo. “É óbvio que isso é uma orientação, mas os exibidores poderão adaptar e até aperfeiçoar. Isso vai depender muito de cada Estado e Município”.

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