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15 Outubro 2020 | Fernanda Mendes

Diretor-presidente da Ancine fala sobre trabalho da agência em meio a pandemia

“Não dá para fazer o setor audiovisual de retrovisor”, afirmou Alex Braga durante a Expocine 2020

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(Foto: Reprodução)

A primeira manhã da Expocine 2020 emocionou a todos os espectadores. O sentimento de esperança por melhores momentos na indústria do audiovisual foi unânime. Marcelo J. L. Lima, idealizador do evento, abriu a manhã com um discurso em homenagem aos trabalhadores do setor.

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“Fica difícil para nós homenagear uma pessoa ou uma empresa esse ano, porque todos renunciaram seus salários, arregaçaram as mangas e lutaram pelo audiovisual. Por isso o homenageado desse ano da Expocine é VOCÊ que nos assiste e VOCÊ profissional do audiovisual, empregado ou desempregado. Receba o nosso abraço virtual”, disse.

Logo em seguida, o diretor-presidente interino da Ancine, Alex Braga, abriu a programação do dia para falar sobre o papel das políticas públicas no audiovisual brasileiro. O discurso do diretor focou bastante na reformulação da estrutura interna da agência e nas políticas de regulação do setor com foco nas mudanças do mercado e na inovação tecnológica. “Não dá para fazer o setor audiovisual de retrovisor olhando para um fila apenas, para marcos regulatórios complicados quando a realidade de mercado e tecnológica era outra, é preciso que essa transição dê conta do novo cenário”.

O diretor salientou os desafios na transição da gestão da agência e, simultaneamente, a surpreendente chegada da pandemia. Como contribuições ao setor neste difícil cenário, Braga falou sobre as análises de impacto regulatório que foram feitas e colocadas para exame tanto da sociedade civil como dos órgãos do governo, além das linhas de crédito emergencial aprovadas pelo Comitê Gestor do FSA no valor de mais de R$ 300 milhões voltadas a exibidores, distribuidores e produtores.

Além disso, Braga destacou que um dos trabalhos que querem aprimorar é a avaliação de metas e resultados para o setor. Segundo ele, é preciso entender os objetivos da indústria para poder traçar estratégias. “É um processo de remodelagem para a política pública para que consigamos dar conta de um horizonte virtuoso em uma atividade que é muito estratégica para a economia e para a sociedade brasileira”.

Sobre o passivo de 4 mil projetos na prestação de contas da Ancine, Braga ressaltou que há uma dificuldade em dar conta desse número tão expressivo de projetos, apesar das medidas adotadas a da reestruturação interna. “Há a expectativa de contratação de mais de mil projetos”, ressaltou.

Para finalizar, o diretor-presidente também falou sobre a recente decisão que descaracterizou o Serviço de Oferta de Conteúdo Audiovisual em Programação Linear via Internet como Serviço de Acesso Condicionado (SeAC). “Temos um desafio no qual a agência parte junto com a Secretaria Especial da Cultura e o Conselho Superior De Cinema para criar um ambiente de concorrência entre os serviços e favorecer a vinda de novos entrantes, gerando novas possiblidades para toda cadeia produtiva especialmente para a produção brasileira independente”.

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