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17 Novembro 2020 | Renata Vomero

Cinemark e Universal fazem acordo de janela dinâmica nos Estados Unidos

Tempo de lançamento entre o cinema e PVOD dependerá da bilheteria

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(Foto: Cinemark/Universal)

A Cinemark e a Universal Pictures anunciaram acordo de janela dinâmica nos Estados Unidos. A resolução com a Cinemark foi fechada sob as seguintes condições: os filmes que arrecadarem mais de US$ 50 milhões no fim de semana de estreia deverão permanecer exclusivamente nos cinemas por 31 dias ou cinco fins de semana, já os filmes que arrecadarem menos do que este valor ficarão nos cinemas por 17 dias e depois serão liberados em PVOD (Premium Video On Demand).



Tal contrato segue de forma similar ao que a Universal firmou com a rede AMC no meio do ano, que encurtou a janela em cerca de 17 dias. A flexibilização da tradicional janela de 90 dias causou bastante controvérsia entre os exibidores do mundo todo.

Os detalhes do contrato não foram divulgados, no entanto, o que se sabe é que a Cinemark deve ter direito de cerca de 10 a 15% da receita do filme em PVOD, assim como a AMC. E o filme estar disponibilizado em formato digital para aluguel não significa que será totalmente retirado dos cinemas.

“Estamos extremamente satisfeitos em reforçar ainda mais nossa forte parceria com a Universal na medida que desenvolvemos uma janela exclusiva para cinemas. Acreditamos que uma janela de exibição mais dinâmica, em que os cinemas continuem a fornecer um espaço para grandes lançamentos que maximizam as bilheterias e reforçam o sucesso dos canais de distribuição subsequentes, é do interesse comum dos estúdios, exibidores e, o mais importante, fãs de cinema”, comentou Mark Zoradi, CEO da Cinemark, em comunicado divulgado no Deadline.

Em sua apresentação do balanço trimestral no início de novembro, a Cinemark já havia sinalizado a possibilidade de criar um modelo diferenciado de negociação de janela de exibição com os distribuidores, podendo até variar de filme a filme. Tudo indica que é este o caminho que a Cinemark deverá seguir, principalmente, neste momento de crise frente à pandemia do Coronavírus.

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