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14 Maio 2021 | Renata Vomero

Disney apresenta resultados do segundo trimestre do ano fiscal

Apesar de fecharem abaixo das previsões, expectativa é de recuperação nos próximos meses

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(Foto: Disney)

A Disney divulgou os resultados financeiros de seu segundo trimestre fiscal de 2021. A receita do período foi de US$15,6 bilhões e o lucro ajustado por ação foi de US$ 0,79. Parte do valor arrecadado foi estimulado pelo Disney+, que fechou o período com 103,6 milhões de assinantes.

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Embora os números sejam altos para o período da pandemia, estão abaixo das estimativas dos analistas de Wall Street, que fizeram projeção de receita de US$15,93 bilhões e 110 milhões de assinantes. Porém, o lucro por ação foi acima das expectativas, que eram de US$0,27.

A menina dos olhos da apresentação foi o Disney+ e a divisão de negócios direto ao consumidor, que fechou o trimestre com receita de US$4 bilhões, 49% a mais do que o mesmo período do ano anterior, antes da pandemia e antes de maior expansão da plataforma pelo mundo.

Com queda de 13% comparando os valores do mesmo período do ano passado, a Disney agora está otimista pela recuperação no próximo trimestre, isto porque com a retomada das atividades nos Estados Unidos, os cinemas poderão voltar a ter seus fortes títulos programados (algo muito aguardado com Cruella, Viúva Negra, Jungle Cruise, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e Free Guy), além da reabertura dos parques, que também foram duramente afetados pelos fechamentos no ano passado.

“Estamos satisfeitos em ver mais sinais encorajadores de recuperação em nossos negócios e continuamos focados em aumentar nossas operações ao mesmo tempo em que impulsionamos o crescimento de longo prazo para a empresa. Isso se reflete claramente na reabertura de nossos parques temáticos e resorts, no aumento da produção em nossos estúdios, no sucesso contínuo de nossos serviços de streaming e na expansão de nosso portfólio incomparável de acordos de direitos esportivos para ESPN e ESPN +”, comentou Bob Chapek, CEO do conglomerado.

Ainda assim, a empresa estima um custo de cerca de US$1 bilhão durante o ano com medidas de segurança referente aos protocolos sanitários e questões regulatórias relacionadas com a Covid-19.

Quanto ao streaming, o Disney+ sofreu queda na receita média por usuário, que foi de US$5,63 há um ano, para US$3,99 agora. Isso se deve ao lançamento do HotStar na Ásia, serviço lançado na região a um custo mais baixo, no entanto, responsável por grande parte dos números de assinaturas.

Cinemas

Se preparando para voltar com força aos cinemas, a Disney também anunciou que Jungle Cruise pode ser o último filme a ter lançamento híbrido com os cinemas e o Disney+ no fim de julho. Segundo as informações, Free Guy e Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis devem ter estreia exclusiva nas telonas com janela de 45 dias até a chegada ao Disney+.

De acordo com análises da imprensa internacional, há uma forte expectativa quanto aos resultados de Viúva Negra, tanto na bilheteria, quanto no streaming. Possivelmente, a depender dos números do longa da Marvel, a Disney poderá bater o martelo sobre a nova estratégia que adotará para os filmes seguintes.

O número de assinantes, apesar de alto, mostra uma desaceleração do serviço, que ultrapassou os 100 milhões de clientes em fevereiro e não cresceu tanto até o momento, mesmo lançando a aguardada série Falcão e o Soldado Invernal.

Com isto, começa a se especular sobre a possibilidade de haver um certo teto de alcance destes serviços, ainda mais mediante a retomada dos cinemas nos Estados Unidos neste momento. Tendo em vista que o isolamento foi um dos fatores que levou muitas pessoas a se tornarem assinantes de diversos serviços de streaming, podendo agora reverter o crescimento destas plataformas com as reaberturas, não só dos cinemas, mas das mais diferentes atividades culturais e econômicas.

 

América Latina

Já lançado na Europa e América do Norte, o Star+, serviço de streaming da Disney que abriga os títulos da Fox com um viés mais adulto e menos família como o Disney+, agora ganhou data para desembarcar na América Latina.

Em 31 de agosto os brasileiros poderão ter acesso ao catálogo, que também inclui os canais ESPN. Entre os destaques da programação estão a série This is Us, Grey’s Anatomy, Outlander, Pose, Walking Dead, Simpsons e os longas da franquia de Deadpool, que já está confirmado para entrar no MCU nesta nova fase.

Ainda não há informações sobre os preços e possibilidades de pagamento ou pacotes da plataforma.

 

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