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11 Outubro 2021 | Renata Vomero

Em formato híbrido, Mostra de São Paulo anuncia seleção de filmes

45ª edição do evento acontecerá entre 21 de outubro e 3 de novembro

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(Foto: Divulgação)

A tradicional Mostra Internacional de Cinema, que acontece anualmente em São Paulo, chega agora em sua 45ª edição com tom emotivo de uma retomada, depois do auge da pandemia no Brasil. O evento acontecerá em formato híbrido entre 21 de outubro e 3 de novembro.



Os principais anúncios da Mostra aconteceram neste sábado (9) em coletiva de imprensa virtual apresentada por Renata Almeida, responsável pelo evento. Entre as principais novidades está, claro, a volta para o presencial, depois da realização da versão digital em 2020. Com isso, 15 espaços da cidade de São Paulo contarão com a programação do evento. Os cinemas terão limite de ocupação de 50%, uso obrigatório de máscara e de apresentação do comprovante vacinal.

“A Mostra é da cidade e é nossa obrigação voltar para a cidade, voltar para os cinemas”, reforçou Renata na coletiva. Ela também ressaltou o quanto os cinemas foram os espaços mais afetados pela crise da pandemia, principalmente os espaços voltados ao cinema de arte, que integram o público da Mostra, inclusive.

Para além do presencial, uma seleção de títulos estará disponível nas plataformas Mostra Play, Sesc Digital e Itaú Cultural Play. Todas as plataformas, eventos e atividades, podem ser acessados através do site www.mostra.org.

Claro que além da confirmação do evento híbrido, o encontro com a imprensa também foi marcado pela divulgação da programação, o que está sendo apontada como uma das mais interessantes dos últimos anos.

Durante duas semanas, as seções Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores e Mostra Brasil vão apresentar 265 títulos de vários países. Com alguns destaques especiais, como: France, de Bruno Dumont; Ao Cair do Sol, de Michel Franco; Marx Pode Esperar, de Marco Bellocchio; A Caixa, de Lorenzo Viga (Leoncino d'Oro Agiscuola Award - Cinema for UNICEF, em Veneza); Titane, de Julia Ducournau (Palma de Ouro | Festival de Cannes); Annette, de Leos Carax (Melhor Direção | Festival de Cannes); Memória, de Apichatpong Weerasethakul (Prêmio do Júri | Festival de Cannes);  Zalava, de Arsalan Amiri (vencedor da Semana da Crítica | Festival de Veneza); Encontros, de Hong Sang-soo (Melhor Roteiro | Festival de Berlim), Sr. Bachmann e Seus Alunos, de Maria Speth (Prêmios do Júri e do Público | Festival de Berlim).

Muito dos títulos selecionados são obras contemporâneas que cercam os temas mais pungentes da sociedade atual, também abalada pela pandemia em si, mas que teve diversas desigualdades expostas pela crise sanitária.

“A Mostra tem muito de um trabalho jornalístico, porque o cinema também trabalha com a matéria prima da realidade, claro que tem diversas linguagens, mas você tem uma reflexão, o cinema possibilidade a reflexão da realidade, por isso se assemelha ao jornalismo, como ele tem mais tempo, transforma a realidade em histórias, que nos fazem compreender a realidade”, explicou Renata Almeida.

Diferente das edições anteriores, quando a exibição de apenas um título da seleção marcava o início do evento, neste ano a Mostra promove sua abertura na quarta-feira, 20 de outubro, com sessões simultâneas em dez salas de cinemas da cidade. As exibições dos filmes serão antecedidas pela projeção virtual da cerimonia de inauguração da 45ª Mostra, que terá apresentação de Renata de Almeida e Serginho Groissman e participação de autoridades e patrocinadores.

Claro que o cinema nacional não ia ficar de fora da programação, muito pelo contrário. Quatro coproduções da Globo Filmes integram a seleção, são eles As  Verdades, de José Eduardo Belmonte; A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, que fará sua estreia mundial no evento; O Pai da Rita, de Joel Zito, e O Marinheiro das Montanhas, novo filme de Karim Aïnouz.

“Estrear ‘A Viagem de Pedro’ em uma tela grande no vão livre do Masp não poderia ser melhor presente nesse momento de pandemia. Por isso decidimos fazer essa sessão especial na Mostra de São Paulo, um dos poucos festivais do mundo em formato híbrido, com parte presencial. O lugar certo para o nosso ‘filme de cinema’. Agradeço a Renata Almeida por este convite!”, afirma a diretora e roteirista Laís Bodanzky. 

O público também poderá assistir ao documentário SARS-CoV-2 / O Tempo da Pandemia, dirigido por Eduardo Escorel e Lauro Escorel, que conta com entrevistas e depoimentos de importantes nomes da medicina no Brasil falando sobre a pandemia.

A  Pandora Filmes também marca presença no evento, tanto com os longas nacionais Salamandra, de Alex Carvalho; quanto com Deserto Particular, de Aly Muritiba. Quanto internacionais, como os filmes de Hong Sang-soo, A Mulher que Fugiu e Encontros; além de Roda do Destino, de Ryûsuke Hamaguchil, e Contatado, de Marité Ugas.

Entre os nacionais trazidos pela Vitrine Filmes estão o longa de Lais Bodanzky, também Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral; Madalena, de Madiano Marcheti, e a Noite de Fogo, de Tatiana Huezo, coprodução nacional. A distribuidora é responsável por oito longas da Mostra.

Entre os homenageados do evento, haverá a homenagem póstuma ao diretor português Paulo Rocha, com retrospectiva de sete de seus filmes, entre os quais Os Verdes Anos, A Ilha dos Amores, Mudar de Vida, além de exibir o longa A Távola do Rocha, dirigido por Samuel Barbosa, que foi assistente do diretor.

A diretora brasileira Helena Ignez será homenageada com o Prêmio Leon Cakoff e com o lançamento do livro Helena Ignez, atriz experimental, de Pedro Guimarães e Sandro de Oliveira.

Pelo quinto ano consecutivo, a Mostra e o Itaú Cultural realizam mais uma edição do Fórum Mostra, que promove encontros e debates de cinema, economia criativa e assuntos contemporâneos da cultura, de 27 a 30 de outubro.

Os ingressos começarão a ser vendidos no dia 18 de outubro no site e app da Mostra e toda a programação, bem como locais de exibição poderão ser encontrados também no site.

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