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23 Maio 2024 | Redação

Belo Horizonte lança o programa BH nas Telas e Observatório da Cultura para fomentar audiovisual na cidade

Novos programas visam fomentar a cultura municipal como um todo, oferecendo painéis interativos com indicadores, além de fortalecer a BH Film Commission

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(Foto: Adão de Souza/Prefeitura de Belo Horizonte)

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, lançou dois novos programas que visam potencializar a política audiovisual do município no mês de maio. O prefeito Fuad Noman (PSD) assinou um decreto que institui  o BH nas Telas - Programa de Desenvolvimento do Audiovisual, e também lançou o Observatório da Cultura de Belo Horizonte e o Observatório do Audiovisual, um marco importante para a cultura da capital mineira.



Enquanto o BH nas Telas estabelece uma série de objetivos que visam fortalecer o setor audiovisual e promover a diversidade cultural do município, o Observatório da Cultura oferece acesso a diversos dados, indicadores e análises sobre as políticas, programas e ações culturais da cidade, assim como projetos, editais, dados econômicos gerados pelo audiovisual e cultura no município.

Entre os objetivos do BH nas Telas estão a valorização da identidade cultural local, a promoção do acesso universal e a formação de público para obras audiovisuais através de atividades educativas e culturais. Além disso, o decreto também busca fomentar a formação e capacitação em todas as etapas da cadeia produtiva audiovisual, estimular a realização de eventos e iniciativas que enalteçam a produção local, criar parcerias público-privadas para impulsionar a produção audiovisual, a facilitação e oferta de incentivos para produções audiovisuais no município, e a subsidiarização da cadeia produtiva por meio da análise de dados.

Gabriel Portela, que é Secretário Municipal Adjunto de Cultura, e participou da criação do Circuito Spcine, em São Paulo, ressaltou a importância do decreto para o fortalecimento da política municipal voltada ao desenvolvimento do setor audiovisual na cidade, além de enxergar as iniciativas como um passo significativo do município em direção ao fortalecimento de sua produção cultural e da indústria audiovisual.

"Com o Decreto do BH nas Telas e a organização do Observatório da Cultura e do Observatório do Audiovisual, o município estabelece um legado em que as políticas desenvolvidas nos últimos anos ganham institucionalidade e participação social em seu acompanhamento e aprimoramento. O Decreto é um retorno do Prefeito Fuad Noman a partir das demandas apontadas pelos próprios representantes do audiovisual da cidade", destacou.

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Cultura, e a Fundação Municipal de Cultura, o programa BH nas Telas atuará em seis eixos estratégicos: memória e preservação, com destaque para a atuação do Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS BH), que é peça central na manutenção da rica história audiovisual da cidade; difusão, a partir dos investimentos no Cine Santa Tereza e no Circuito Municipal de Cultura para ampliar o acesso à produção cinematográfica e cultural; formação e capacitação, por meio de iniciativas como a Escola Livre das Artes Arena da Cultura e o Núcleo de Produção Digital (NPD), que serão fortalecidas para fomentar o desenvolvimento de talentos e habilidades no campo do audiovisual; fomento e investimento, com destaque para os editais BH nas Telas e demais editais do fomento, que promovem a produção e difusão de conteúdo audiovisual local; atração e facilitação de filmagens, a partir da criação da Belo Horizonte Film Commission e do Comitê Gestor da Política de Filmagem do Município para atrair produções audiovisuais e facilitar sua realização na cidade; e análise e divulgação de dados e informações, com a criação dos Observatórios da Cultura e do Audiovisual para analisar e divulgar dados relevantes sobre o cenário cultural e cinematográfico da região.

Já o Observatório da Cultura e o Observatório do Audiovisual, que é integrado ao Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (SMIIC), é uma plataforma  de pesquisa, reflexão e transparência sobre a cultura em Belo Horizonte. O Observatório busca oferecer acesso a dados, indicadores, análise e pesquisas sobre políticas e ações culturais, programas, projetos, editais, demografias econômicas, impactos, empregos gerados pelo audiovisual, dados do setor de exibição, entre outros.

O Observatório da Cultura está estruturado em cinco eixos, sendo o primeiro "Painéis Interativos", que apresentam de forma dinâmica indicadores e dados socioeconômicos da cultura que podem ser filtrados por data, áreas artístico-culturais, regionais, gênero, raça, dentre outras possibilidades de cruzamentos, que variam de acordo com a temática do painel. Já em “Mapas e Equipamentos Culturais”, será disponibilizado ao cidadão o mapeamento georreferenciado dos equipamentos culturais, públicos e privados, disponíveis na cidade, bem como bens culturais (imóveis e manifestações culturais) protegidos como patrimônio cultural de Belo Horizonte. Em “Estudo, Pesquisas e Publicações” serão disponibilizados livros, pesquisas e revistas produzidas pela FMC/SMC e pelas instituições parceiras que trabalham com a temática da cultura. Por fim, no eixo “Pesquisas de Público”, são compilados dados e relatórios referentes ao público dos eventos culturais produzidos pela FMC/SMC.

A criação do Observatório da Cultura, que compreende o Observatório do Audiovisual, é fruto de uma parceria realizada em 2022 com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), mais especificamente com o grupo de pesquisa em Gestão e Desenvolvimento de Territórios Criativos (GDTeC) do Núcleo em Administração e Políticas Públicas (NAP2), do Departamento de Administração e Contabilidade (DAD). A parceria culminou no desenvolvimento de uma pesquisa sobre o setor museológico de Belo Horizonte, e, em 2023, no projeto de implantação do Observatório Municipal da Cultura e do Observatório do Audiovisual.

Por fim, Eliane Parreiras, secretária Municipal de Cultura e presidente interina da Fundação Municipal de Cultura, afirmou que as novas medidas representam um marco essencial para o fortalecimento do setor cultural em Belo Horizonte.

"É um momento histórico para nossa cidade. Com o Decreto BH nas Telas, assinado pelo Prefeito Fuad Noman, reconhecemos a relevância do audiovisual de Belo Horizonte e fortalecemos uma política estruturada para a cidade nas áreas de criação e produção, no incentivo à formação de novos talentos, na promoção do acesso às obras audiovisuais, com sua preservação e conservação, além de impulsionar o desenvolvimento econômico por meio do setor. Temos hoje um marco na cultura da capital com a criação do Observatório da Cultura de BH, um instrumento importantíssimo de gestão, de pesquisa, pensamento e reflexão e de transparência com a sociedade. É a reafirmação de nosso comprometimento em monitorar e analisar constantemente o panorama cultural da cidade, garantindo que nossas políticas públicas e iniciativas estejam sempre alinhadas com as necessidades da capital. É a geração de oportunidades, associada à ampliação do acesso e garantia de participação", finalizou a secretária.

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