A Netflix está com tudum!, com perdão do trocadilho. A empresa divulgou ontem (17) os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025 e surpreendeu positivamente o mercado. A gigante do streaming registrou receita de aproximadamente US$ 11,1 bilhões entre abril e junho, número que demonstra uma alta de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro operacional chega próximo a US$ 3,8 bilhões. As informações são dos portais Variety, Deadline e The Hollywood Reporter.

O lucro por ação (EPS) da Netflix atingiu US$ 7,19 no segundo trimestre, superando tanto as expectativas internas (US$ 7,03) quanto as projeções do mercado, que estimavam US$ 7,08. O desempenho acima do esperado foi atribuído ao crescimento da base de assinantes, aos reajustes de preços nas assinaturas e ao avanço consistente da receita publicitária, sendo um número que a empresa projeta ainda dobrar até o fim de 2025. Vale destacar que tal balanço positivo também se deve pela valorização do dólar em relação a outras moedas, o que ampliou a conversão das receitas internacionais.

Com o bom desempenho, a Netflix revisou sua previsão de receita para o ano de 2025. A nova faixa está entre US$ 44,8 bilhões e US$ 45,2 bilhões — contra os US$ 43,5 bilhões a US$ 44,5 bilhões estimados anteriormente. A margem operacional anual também subiu de 29% para 29,5%. Para o terceiro trimestre, a expectativa é de US$ 11,5 bilhões em receita.

Desde o primeiro trimestre deste ano, a empresa havia deixado de divulgar o número total de assinantes em seus relatórios trimestrais. Segundo a própria Netflix, a mudança buscava focar em métricas mais representativas de desempenho, como receita, lucro e engajamento. No entanto, a carta aos acionistas destaca que o crescimento de membros superou as expectativas internas.

Durante o segundo trimestre, a programação contou com lançamentos importantes da plataforma, como: Round 6 e Ginny & Georgia, além das estreias de Sereias, O Eternauta e A Reserva. Entre os filmes, os destaques foram Straw e  Exterritorial. 

Já para o segundo semestre, a Netflix tem uma leva robusta de conteúdos, como as novas temporadas de Wandinha (Wednesday) e Ninguém Quer (Nobody Wants This), o especial de Natal da NFL, o aguardado Frankenstein, dirigido por Guillermo del Toro e, claro, o seu maior sucesso: Stranger Things, em sua temporada final, divida em duas partes.

Para o seu olhar na área publicitária, a meta é dobrar a receita de anúncios em 2025. Unido a isso, diretamente, a sua nova plataforma própria de tecnologia de anúncios já foi completamente implementada, permitindo melhores métricas, segmentação e formatos inovadores — inclusive, já operando em solo brasileiro.

As ações da Netflix subiram mais de 40% em 2025 até o momento e fecharam a quinta-feira em US$ 1.274,17, um pouco abaixo do recorde histórico de US$ 1.341,15 atingido em junho. Nas negociações após o fechamento do pregão, os papéis registraram leve queda de 1%.