26 Setembro 2025 | Yuri Codogno
Diamond Films apresenta "Coração de Lutador - The Smashing Machine" aos exibidores e campanha se apoia no sucesso do UFC no Brasil
Filme protagonizado por The Rock entra em cartaz na próxima quinta-feira (2)
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A Diamond Films realizou na última quarta-feira (24), no Cinépolis JK Iguatemi, em São Paulo, a apresentação de Coração de Lutador - The Smashing Machine, e de sua campanha de marketing, aos exibidores. O longa traz Dwayne Johnson (o The Rock) em um dos papéis mais importantes de sua carreira, saindo dos blockbusters e comédias que o consagraram no cinema para uma atuação muito mais dramática ao interpretar Mark Kerr, um dos maiores nomes do MMA. A estreia é em 2 de outubro.
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Antes de começar a destrinchar a campanha, Vinicius Pagin, diretor geral da Diamond Films no Brasil, aproveitou para agradecer pelo ótimo circuito que Zoopocalipse - Uma Aventura Animal conseguiu. A animação abriu em 655 salas, o segundo maior número da distribuidora no país.
CORAÇÃO DE LUTADOR - THE SMASHING MACHINE | 2 DE OUTUBRO
"Estamos trabalhando desde maio do ano passado e decidimos fazer um evento dedicado porque merece. Queremos estar com tanta disponibilidade quanto em ‘Zoopocalipse’. Queremos engajar um público que já tem uma propensão muito grande”, destacou Pagin sobre a importância do filme para a distribuidora. O longa, aliás, estreia no Brasil um dia antes do que nos EUA e terá cópias legendadas e dubladas, com Guilherme Briggs dando voz ao The Rock.
O filme começou sua carreira no Festival de Veneza e, após a exibição, recebeu 15 minutos de aplausos. Além disso, Benny Safdie levou o prêmio de melhor direção. "Quando vemos a repercussão lá de fora, tem o The Rock como pilar. E como temos experiência com filmes de Oscar, sabemos que a audiência está atenta e muito ávida [para ‘The Smashing Machine’]”, complementou Pagin.
O diferencial da campanha, porém, está na parceria com o UFC - Ultimate Fighting Championship, principal campeonato e marca global das artes marciais mistas. Mark Kerr foi uma das principais figuras do MMA no final do século passado, antes do esporte valorizar a ponto de ser um dos principais do mundo e do UFC movimentar bilhões de dólares por ano.
Atualmente, o UFC possui cerca de 45,9 milhões de fãs no Brasil e conta com cerca de 100 atletas brasileiros sob contrato. Um evento ao vivo é capaz de reunir 45 mil pessoas ao vivo (o mesmo número que um estádio de futebol em jogo importante), que pagam um ingresso bastante elevado — a próxima edição no Brasil custará entre R$ 260 até R$ 3.750, bastante abaixo do preço médio do cinema.
O público do esporte, diferentemente do imaginário popular, é relativamente bem dividido entre homens e mulheres, com 60% representando o público masculino. Na faixa etária, 39% possuem entre 18 e 34 anos, enquanto 24% entre 35 e 44 anos.
No ano de 2025, aliás, o UFC está batendo recordes no Brasil, com 124,9 milhões de views e 7,6 milhões de engajamento até o momento. As contas brasileiras do UFC possuem 3,6 milhões de seguidores no Instagram e 3 milhões no Youtube.
“O grande objetivo é falar do tamanho desse nicho e desse esporte: a gente inventou esse esporte. Para o Brasil tem um significado muito diferente, o esporte basicamente nasceu no Brasil. Quem deu o apelido ‘The Smashing Machine’ ao Mark Kerr foi um jornalista brasileiro, saindo de uma luta contra Fabio Gurgel. E tem o timing de lançamento: no mesmo final de semana tem a estrela global do UFC hoje lutando a luta mais importante da carreira dele”, ressaltou Cassiano Quirino, diretor de marketing da Diamond Films.
A referência é à luta de Alex Poatan, brasileiro que atualmente é o maior nome mundial do UFC, contra Magomed Ankalaev, que acontece na noite de 4 de outubro nos Estados Unidos (no Brasil, início da madrugada do dia 5). Além disso, Charles do Bronx, segundo maior nome brasileiro na categoria, luta no fim de semana seguinte contra Mateusz Gamrot, no dia 11 de outubro, no Rio de Janeiro. Isso sem contar a exibição de Popó Freitas contra Wanderley Silva, uma semana antes da estreia do filme, em 27 de setembro, que possui uma audiência esperada de 6,5 milhões de pessoas na televisão.
Todas as lutas terão exibição em rede nacional (algumas em televisão aberta), com trailers vinculados e, no caso da luta do dia 4 de outubro, com os comentaristas falando ao vivo sobre o filme.
“Quero dizer que os conteúdos, a comunidade, os fãs, as ações na semana anterior ao evento é muito intensa. Então todo material (do UFC) nesta semana terá conteúdo sobre o filme, durante a transmissão da luta com gente falando do filme. São as duas principais semanas do ano para o esporte no Brasil, o público vai estar muito aquecido", lembra Cassiano.
Mas não é só do UFC que vive o marketing de Coração de Lutador. O público cinéfilo também está englobado, com 25 influencers que somam 34 milhões de seguidores participando da campanha, e outros influencers que somam 70 milhões de seguidores recebendo o press kit do filme.
CONVIDADOS ESPECIAIS
Para falar um pouco sobre o UFC no Brasil e da projeção de alcance para o público, a Diamond trouxe dois nomes para a apresentação. O primeiro é Andrés Balé, diretor de parcerias LATAM do UFC, que comentou um pouco sobre a história da categoria e do MMA no Brasil.
O esporte começou em 1993, com a ideia de descobrir qual a luta mais eficiente, colocando dois lutadores de modalidades diferentes frente à frente. "O Brasil tem papel fundamental na história, começamos em 1993, e o primeiro campeão foi brasileiro, o Royce Greyce, representando o jiu-jitsu. E é assim que o Brasil começa a fazer parte da história do UFC. A grande mudança foi quando em 2001 o UFC foi adquirido por Dana White e transformou o espetáculo, que era visto como uma rinha de galo humana, em um esporte”, conta Balé.
Desde então, o Brasil revelou alguns dos principais nomes do UFC, sendo o segundo país com mais campeões da história da categoria. Pelo masculino, além de Anderson Silva, que todos conhecem, ainda tem: Rodrigo Minotauro, Junior Cigano, Lyoto Machida, Alex Poatan, Charles do Bronx, José Aldo e muito mais. No feminino, Cris Cyborg e Amanda Nunes foram os maiores nomes, com outras também ostentando o título em algum momento.
“Uma das coisas que foi uma virada de chave para o UFC no Brasil foi quando, em 2011, uma luta do Anderson Silva, e nossos direitos de transmissão na época era com a RedeTV, bateu a Globo em audiência, por causa do UFC. E aí que a Globo traz o UFC e construímos essa história de massificação no Brasil. Temos certeza que o filme será um baita sucesso, ainda maior trazendo o UFC para dentro da história", completou Balé.
Por fim, um segundo convidado falou: ninguém menos que o Rodrigo “Minotauro” Nogueira, que teve a oportunidade de interagir com Kerr quando o astro estava em seu ápice: “Me lembro de cenas de Kerr em Abu Dhabi, não conseguia nem bater uma foto com ele porque ele era o cara. Mas o filme não é sobre um campeão de 120 quilos, é sobre fragilidade. É a história de um ser humano que ultrapassa a história de um campeão. Vou estar na transmissão da Poatan e vou falar sobre ‘Coração de Lutador’ ao vivo”.
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