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26 Setembro 2025 | Redação

Brasil leva dois prêmios no Festival de Cinema Latino-Americano de Biarritz e define "Manas" como representante dos Prêmios Goya

Além de vitórias e indicações, curta "Alice", que foi qualificado ao Oscar, confirma estreia no Festival do Rio

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(Foto: Divulgação)

A semana termina bastante movimentada para produções brasileiras, seja com vitórias em festivais internacionais, ou em indicações para participar. Enquanto a Academia Brasileira de Cinema selecionou Manas (Downtown/Paris), de Mariana Brennand, para concorrer a uma indicação ao prêmio de Melhor Filme Ibero-Americano na 40ª edição dos Prêmios Goya, o longa A Melhor Mãe do Mundo (Galeria Distribuidora) e o curta Presépio saíram vitoriosos do Festival de Cinema Latino-Americano de Biarritz. Além disso, Alice, outro curta brasileiro e que se qualificou ao Oscar ao vencer o Festival Hot Docs, teve sua estreia nacional confirmada para o Festival do Rio.

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Na terça-feira (23), a Academia Brasileira de Cinema havia anunciado Manas para concorrer a uma indicação ao prêmio de Melhor Filme Ibero-Americano na 40ª edição dos Prêmios Goya, marcada para fevereiro de 2026 em Barcelona.

Manas, vale destacar, já venceu mais de 20 prêmios pelo mundo, entre eles o prêmio máximo da Jornada dos Autores, mostra competitiva paralela do Festival de Veneza 2024; o Women in Motion, dedicado a novos talentos femininos, que a diretora Marianna Brennand recebeu no Festival de Cannes em 2025; e o Prêmio Especial do Júri na Première Brasil do Festival do Rio de 2024. O filme, baseado em dez anos de pesquisa de Brennand sobre a realidade de crianças exploradas sexualmente na Ilha de Marajó, no Pará, conta a história fictícia de Marcielle (Jamilli Correa), menina de 13 anos que percebe o ambiente de abuso em que está inserida e busca ajuda.

No mesmo dia, a Academia também indicou Kasa Branca (Vitrine Filmes) e Oeste Outra Vez (O2 Play) para representarem o Brasil em outra tradicional premiação espanhola, o 31º Prêmio Cinematográfico José Maria Forqué, que será realizado em dezembro deste ano na cidade de Madri.

Já na noite de ontem (25), a 34ª edição do Festival de Cinema Latino-Americano de Biarritz, no sudoeste da França, concedeu um prêmio especial do júri para o longa-metragem de ficção A Melhor Mãe do Mundo e o prêmio Perspectiva Queer, na categoria curta-metragem, para Presépio.

A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert, recebeu o prêmio Coup de cœur do júri, uma distinção especial concedida ao longa-metragem que mais emocionou ou encantou os jurados. O longa que conta a trajetória de uma catadora de lixo que foge com os filhos pequenos pelas ruas de São Paulo para escapar de um marido abusivo chegou ao seu 20º prêmio.

Na categoria curta-metragem, Presépio, do diretor Felipe Bibian, recebeu o Prêmio Perspectiva Queer. A produção que conta a história de uma família carioca reunida na noite de Natal fará sua estreia no Brasil durante o Festival do Rio, no próximo mês.

Por fim, outra curta com destacada trajetória internacional teve sua estreia nacional confirmada para o Festival do Rio. O curta-metragem documental Alice, de Gabriel Novis, disputará a mostra competitiva Première Brasil: Curtas.

Alice, aliás, conquistou qualificação para disputar o Oscar ao vencer o prestigiado Festival Hot Docs, maior festival de documentários da América do Norte, no mês de maio. A produção acompanha a história real de Alice Barbosa, multiartista trans alagoana, e sua jornada de retorno ao surfe como forma de lidar com o luto pela morte do pai. Narrado pela própria protagonista, o filme mergulha nas memórias da infância e juventude em Alagoas, em uma travessia que é tanto física quanto simbólica, confrontando a misoginia, a elitização e a transfobia presentes na cultura do surfe e da sociedade brasileira.

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