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19 Dezembro 2025 | Yuri Cavichioli

Hernán Viviano avalia o ano de Warner e Universal e projeta 2026 ainda mais ambicioso: “Nosso propósito é entregar produtos de qualidade para todos os públicos”

Estúdios somam mais de 40 milhões de ingressos vendidos no país

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(Foto: Divulgação)

Em um ano marcado por extremos, com picos históricos de público e períodos de retração na exibição, a Warner Bros. Pictures e Universal Pictures encerram 2025 no topo do mercado brasileiro. Somadas, as duas distribuidoras já levaram mais de 40 milhões de pessoas aos cinemas, liderando o ranking nacional de público. Em entrevista ao Portal Exibidor, Hernán Viviano, VP LATAM e general manager da Warner, que também responde pela distribuição da Universal na América Latina, faz um balanço do ano, analisa os fenômenos de público e projeta um 2026 que promete ser ainda mais competitivo.

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A entrevista pode ser lida na íntegra ao final da matéria.

O desempenho expressivo de 2025 não se apoiou em um único pilar. Pelo contrário, foi resultado de uma combinação entre grandes franquias, títulos originais com forte apelo autoral e relançamentos estratégicos. Para 2026, a expectativa é transformar o ensaio da recuperação do setor em uma maior estabilização, com um calendário que aposta em eventos cinematográficos, aposta em experiências e diversidade de gêneros.

Ao longo de 2025, Warner e Universal somaram lançamentos de grande escala, campanhas personalizadas e ações de engajamento direto com fãs. O resultado aparece não apenas nos números, mas na recorrência de públicos distintos frequentando as salas.

“O ano de 2025 foi marcado por grandes realizações, em que nossos dois estúdios, juntos, levaram até agora mais de 40 milhões de pessoas aos cinemas do Brasil. A Universal ultrapassou a marca de 17 milhões de espectadores, enquanto a Warner somou mais de 23 milhões, um crescimento de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado por seis lançamentos que superaram a marca de um milhão de ingressos cada”, conta Viviano.

Esse desempenho, no entanto, não se restringiu a blockbusters isolados. Houve uma estratégia clara de variedade de oferta, equilibrando filmes autorais, grandes marcas globais e títulos de apelo popular, capazes de sustentar longas janelas em cartaz.

No caso da Universal, 2025 foi fortemente ancorado no poder das franquias. O live-action de Como Treinar o Seu Dragão e Jurassic World: Recomeço tiveram fortes bilheterias e reforçaram o vigor de propriedades consolidadas junto ao público brasileiro, especialmente em um movimento intergeracional.

“As grandes franquias têm um poder único de resgatar memórias e criar conexões emocionais ao longo do tempo, tanto dentro de uma mesma geração quanto entre pais, filhos e novos públicos que passam a descobrir essas histórias no cinema”, explica Hernán Viviano. “Esse fator nostálgico costuma funcionar como uma porta de entrada importante, mas ele só se sustenta quando as produções conseguem se renovar criativamente, manter um alto padrão técnico e oferecer algo novo, capaz de dialogar com expectativas contemporâneas sem perder a identidade original”, completa.

Além dos carros-chefes, a Universal também investiu em ações locais de alto impacto, como turnês promocionais com elenco e realizadores, além de parcerias inéditas, ampliando a percepção de valor da experiência cinematográfica. O estúdio encerra o ano com recordes em solo brasileiro e prepara terreno para um 2026 ainda mais agressivo em escala e diversidade.

Pela Warner, o destaque comercial veio de Um Filme Minecraft, fenômeno que repetiu o feito de Barbie. A adaptação de uma marca já consolidada fora do cinema mostrou a força de propriedades transmídia quando bem traduzidas para a linguagem cinematográfica.

“‘Um Filme Minecraft’ representa uma forma muito interessante de explorar histórias que o público já é fã por meio de outras mídias e telas”, explica Viviano. O executivo destaca que o longa levou mais de 5,4 milhões de pessoas aos cinemas no Brasil, reforçando a importância de títulos que dialogam com comunidades já engajadas.

Ao mesmo tempo, a Warner manteve seu DNA de dar voz a projetos autorais em lançamentos como Pecadores, A Hora do Mal e Uma Batalha Após a Outra, reafirmando uma identidade construída ao longo de mais de um século de existência ao dar voz às novas ideias.

Outro ponto decisivo de 2025 foi a consolidação do terror como um dos gêneros mais fortes do mercado nacional. Além dos já citados, como as histórias originais de Pecadores e A Hora do Mal, franquias como Premonição e Invocação do Mal não apenas retornaram com força, como quebraram recordes históricos de público no Brasil.

“Podemos dizer que 2025 foi o ano em que o terror deslanchou. O público brasileiro tem uma relação muito especial com o gênero, o que se reflete diretamente nas salas de cinema, tanto no desempenho de franquias consagradas quanto na forte resposta a histórias originais que se sustentaram por um boca a boca extremamente positivo”, analisa Hernán Viviano.

Esse comportamento do público também pôde ser observado em títulos como F1 – O Filme, que registrou forte desempenho comercial no mercado brasileiro. O longa liderou a bilheteria nacional em renda em seu primeiro fim de semana de exibição e, ao longo de sua trajetória em cartaz, ultrapassou R$ 36 milhões arrecadados e também levou impressionantes 1,4 milhão de pessoas aos cinemas, consolidando-se entre os destaques do ano e provando que o brasileiro continua gostando do esporte Fórmula 1.

Outro fenômeno relevante do ano foram as reexibições. Clássicos como Interestelar (2014), De Volta Para o Futuro (1985), Seven - Os Sete Crimes Capitais (1995) e A Noiva Cadáver (2005) retornaram às salas impulsionados por nostalgia, formatos premium e datas comemorativas.

“A nostalgia influencia fortemente as escolhas do público, e isso também se reflete no cinema. Muitas pessoas valorizam a oportunidade de rever nas telonas filmes que marcaram suas vidas, seja porque não tiveram a chance de assisti-los no lançamento original, seja para reviver experiências afetivas ligadas a essas obras”, observa Viviano.

Segundo ele, a decisão de relançar títulos passa por uma leitura cuidadosa da cultura local, pelo entendimento do momento certo de exibição e pelo comportamento dos fãs brasileiros, especialmente quando essas reexibições são potencializadas por formatos especiais, como IMAX, 4DX, maratonas de franquias e versões comemorativas.

Em relação à temporada de premiações, as duas empresas chegam fortes. Produções como Uma Batalha Após a Outra e Pecadores, da Warner, acumulam dezenas de indicações, enquanto a Universal aposta alto em Hamnet: A Vida Antes de Hamlet como um dos principais títulos para 2026, e o representante da empresa diz acreditar bastante no potencial, apontando o esforço em investir na campanha dele.

“Estamos muito orgulhosos de ver o reconhecimento de nossas produções em premiações tão importantes”, afirma Viviano ao destacar que as campanhas já estão estruturadas desde o circuito de festivais, com foco claro em visibilidade e posicionamento artístico.

“Nosso propósito com ambos os estúdios é o mesmo: entregar produtos de qualidade para todos os públicos e gêneros”, resume Viviano. Os resultados de 2025 indicam que qualidade artística e estratégia de mercado caminham juntas, apoiadas em ações personalizadas, diálogo com os fãs e eventos que ampliaram a presença dos filmes além da sala de cinema.

E o que vem por aí…

Essa lógica se projeta diretamente em 2026. A Warner planeja ao menos 14 lançamentos, entre originais, franquias e novas fases de universos consolidados, enquanto a Universal estrutura um calendário que o próprio estúdio aponta como potencialmente um dos mais ambiciosos de sua história.

“Em 2026, tanto a Warner quanto a Universal têm um line-up que promete ser espetacular”, afirma o executivo. Pela Warner os destaques incluem Supergirl, Duna 3, Mortal Kombat 2 e novas apostas dentro do universo DC, além de projetos autorais assinados por nomes como Denis Villeneuve.

Já pela Universal, o calendário é liderado por títulos como Michael, cinebiografia de Michael Jackson, A Odisséia, épico dirigido por Christopher Nolan, Super Mario Galaxy: O Filme, além de novos filmes comandados por Steven Spielberg e Alejandro González Iñárritu.

Com um calendário robusto, foco em experiência e uma leitura cada vez mais precisa do público brasileiro, Warner e Universal entram em 2026 não apenas para manter a liderança, mas para redefinir o ritmo do mercado exibidor no país.

LEIA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

Somando Warner e Universal, vocês foram quem mais venderam ingressos no Brasil (até o momento dessa entrevista). Como avalia o ano de ambas as distribuidoras?

O ano de 2025 foi marcado por grandes realizações, em que nossos dois estúdios, juntos, levaram até agora mais de 40 milhões de pessoas aos cinemas do Brasil.

A Universal Pictures acumula mais de 17 milhões de espectadores no ano, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a Warner Bros. Pictures registrou mais de um milhão de espectadores em seis de seus lançamentos neste ano (“Um Filme Minecraft”, “Superman”, “Premonição 6: Laços de Sangue”, “Invocação do Mal 4: O Último Ritual”, “F1 – O Filme” e “A Hora do Mal”), totalizando mais de 23 milhões em público — 55% a mais do que em 2024.

Batemos recordes de bilheteria com títulos como Como Treinar o Seu Dragão, Jurassic World: Recomeço, Um Filme Minecraft, F1 – O Filme, Superman e Invocação do Mal: O Último Ritual, entre outros. Esses resultados refletem não apenas a força dos conteúdos que oferecemos, mas também o profundo entendimento que temos do público brasileiro.

Ao longo do ano, lançamos 39 filmes e relançamos outros 15, o que evidencia a força da Warner e da Universal no mercado brasileiro — não apenas pela quantidade de ingressos vendidos, mas também pela variedade de ofertas para diferentes perfis de público. Uma mistura perfeita entre filmes originais e grandes franquias, feitas pelos melhores realizadores do mundo.

Além disso, e como se não bastasse, já lançamos duas das principais candidatas aos Globos de Ouro e ao Oscar: Pecadores e Uma Batalha Após a Outra.

Investimos em histórias que emocionam e entretêm, além de estratégias de distribuição e marketing que garantiram a maximização da experiência nos cinemas.

Pelo lado da Universal, os maiores sucessos comerciais foram o live-action de “Como Treinar o Seu Dragão” e a continuação de “Jurassic World”, duas das franquias cinematográficas mais conhecidas no mundo. Na sua visão, por qual razão os filmes de grandes franquias seguem tão prestigiados no Brasil, mesmo quando há uma relevante busca por conteúdos originais?

As grandes franquias têm um poder único de resgatar memórias e criar conexões emocionais ao longo do tempo com e entre as gerações de espectadores. Filmes como Como Treinar o Seu Dragão e Jurassic World não são apenas entretenimento; eles têm um legado que ressoa profundamente com a audiência final. Ambos vêm de franquias muito bem consolidadas entre o público e o que vemos é que os pais que assistiram a essas obras quando eram mais novos querem apresentá-las aos filhos, criando um movimento nostálgico, que tem sido uma crescente no Brasil. Essa sensação de familiaridade é valorizada, mas isso não seria o suficiente se as produções não entregassem alta qualidade e buscassem renovação constante para manter o frescor da história para esses novos públicos.

Por outro lado, pela Warner, o filme que mais levou pessoas aos cinemas foi “Minecraft”, em um movimento bastante semelhante ao que foi “Barbie” (marca já existente, mas primeira exploração comercial nos cinemas). Qual a importância dos títulos originais para a indústria cinematográfica?

Um Filme Minecraft representa uma forma muito interessante de explorar histórias que o público já é fã por meio de outras mídias e telas. Se inspirar, adaptar e criar essas histórias para uma produção cinematográfica, leva o público a embarcar em um universo de fantasia, representando uma nova forma de explorar suas histórias e cativar novas audiências. Tanto é que a produção levou mais de 5,4 milhões de pessoas aos cinemas no Brasil.

Os títulos originais são fundamentais para levar o público aos cinemas.

Eles podem ser grandes franquias, como Minecraft, ou produções inéditas, como Mickey 17, Pecadores, A Hora do Mal e Uma Batalha Após a Outra.

Também destacam-se os dois filmes que a Warner lançará no primeiro trimestre do próximo ano: a reinvenção de O Morro dos Ventos Uivantes e a maravilhosa nova releitura de grandes personagens, como acontece em A Noiva.

Esse sempre foi o selo e a característica principal da Warner Bros. Pictures: trabalhar com os melhores realizadores e apostar em filmes novos.

Ao longo de seus 102 anos de história, o estúdio consolidou-se, talvez, como a casa com a maior quantidade de filmes originais e grandes franquias entre todos os estúdios.

Ainda sobre a Warner, o ano de 2025 trouxe alguns títulos que, de certa forma, surpreenderam por ótimas sustentações, como os novos “Premonição” e “Invocação do Mal”, além de “Pecadores” e “F1”. Para você, o que explica o bom desempenho desses longas-metragens?

Podemos dizer que 2025 foi o ano em que o terror deslanchou. O público brasileiro tem uma relação especial com o gênero, que se reflete nas salas de cinema: Premonição 6: Laços de Sangue, Invocação do Mal 4: O Último Ritual e A Hora do Mal levaram, cada um, mais de 1 milhão de pessoas aos cinemas.

Invocação do Mal 4: O Último Ritual foi não só o maior filme de terror do ano, como também o maior da história no Brasil; já Premonição 6: Laços de Sangue tornou-se o maior de terror +18 de todos os tempos. Ambos são de franquias já bastante consagradas no Brasil, onde tem um público muito cativo do gênero e que estavam ansiosos para vivenciarem novamente as franquias nas telonas.

Pecadores e A Hora do Mal também são títulos muito interessantes, pois são histórias originais, que geraram um boca a boca positivo muito forte pela inovação no gênero, estando entre os maiores lançamentos de terror do ano em público e bilheteria e reforçando o quanto o público brasileiro também está aberto a novas ideias, personagens e formatos.

F1 - O Filme vem para reforçar este fato. O filme liderou a bilheteria nacional em renda em seu primeiro final de semana de exibição, e no total arrecadou mais de R$36 milhões e levou mais de 1,4 milhão de pessoas aos cinemas. Estes números são reflexo de um país que valoriza uma experiência imersiva e coletiva amplificada pela tela grande, somando à oportunidade de vivenciá-la em todos os grandes formatos.

O ano também foi marcado por reexibições, como “Interestelar”, “De Volta Para o Futuro”, “A Noiva Cadáver”, “Duna 2”, entre outros. Como é feita a curadoria para escolher qual filme deve voltar aos cinemas?

São vários fatores. A nostalgia influencia fortemente as escolhas do público, e isso também se reflete no cinema. Muitas pessoas valorizam a chance de rever nas telonas filmes que marcaram suas vidas, seja porque não os viram no lançamento, seja para reviver memórias especiais.

Formatos especiais, como IMAX, 3D e 4DX, também estimulam o público a retornar aos cinemas para experiências inéditas. Exemplos disso são as reexibições de Tubarão (Universal), De Volta para o Futuro (Universal), Seven - Os Sete Crimes Capitais (Warner) e A Noiva Cadáver (Warner) em formatos diferentes dos que foram originalmente lançados.

Escolher quais filmes relançar e quando exibí-los exige entender a cultura local e o comportamento dos fãs brasileiros, conhecidos por seu entusiasmo e engajamento, fator que impulsiona títulos como os da franquia Harry Potter (Warner), além de obras de diretores como Tim Burton e Christopher Nolan, cujas reexibições recentes tiveram grande sucesso.

Maratonas de franquias, como O Senhor dos Anéis (Warner), e versões especiais, como cortes de diretor, também atraem fãs dedicados.

O timing também é fundamental. Aniversários de lançamento são um ótimo gancho para a programação destes filmes, como aconteceu recentemente com os 40 anos de De Volta Para o Futuro, 50 anos de Tubarão e 20 anos de Harry Potter e o Cálice de Fogo, que acumulou 8,8 milhões em bilheteria em apenas dois dias de exibição.

As datas comemorativas como Dia das Crianças, Natal e Halloween, também são oportunidades ideais para relançamentos temáticos. Neste último Dia dos Namorados, por exemplo, clássicos românticos da Warner Bros. Pictures como Nasce uma Estrela, Diário de uma Paixão e Como Eu Era Antes de Você retornaram às salas, criando uma programação especial para o público.

A temporada de premiações começou semana passada com as indicações no Independent Spirit Awards, Critics Choice Awards e Globo de Ouro, e Universal/Warner se destacaram. Quais são as expectativas para uma eventual vitória nas principais categorias dessas e outras premiações, em 2026?

Estamos muito orgulhosos de ver o reconhecimento de nossas produções em premiações tão importantes. Essas indicações refletem a dedicação dos nossos talentosos cineastas e equipes incansáveis. Premiações são uma forma de celebrar a arte do cinema, e estamos animados com o que 2026 nos reserva.

Por parte da Warner Bros. Pictures, podemos começar ressaltando as produções Uma Batalha Após a Outra, de Paul Thomas Anderson, e Pecadores, de Ryan Coogler, que possuem, além de histórias originais, um elenco estelar, grandes nomes técnicos e figuraram entre os títulos deste ano que mais acumularam indicações até o momento.

Uma Batalha Após A Outra, por exemplo, soma 9 indicações no Globo de Ouro, entre Melhor filme, comédia ou musical e Melhor diretor, e 14 indicações ao Critics Choice. Já Pecadores soma 7 indicações no Globo de Ouro, entre Melhor Filme de Drama e Melhor Diretor, e incríveis 17 indicações ao Critics Choice.

Também estamos na torcida por A Hora do Mal, que recebeu indicações ao Critics Choice e Golden Globes, com destaque para Melhor Atriz Coadjuvante com Amy Madigan, além de F1 - O Filme e Superman, que também vem conquistando indicações em categorias como som e efeitos visuais nas premiações.

A Universal Pictures é um estúdio que investe em filmes que se destacam em festivais e premiações e ano que vem não será diferente. No quesito premiações, nosso principal título para 2026 é Hamnet: a vida antes de Hamlet, que estreia em 15 de janeiro. Uma belíssima produção com Jessie Buckley e Paul Mescal que recebeu 11 indicações no Critics Choice Awards e 6 no Globo de Ouro. Acreditamos muito no potencial e temos investido na campanha desde o encerramento do Festival do Rio deste ano, já visando sua recomendação para as premiações. Mas temos outros, esses já lançados, que também já receberam indicações e devem performar bem entre os vencedores: Wicked: Parte II, de Jon M. Chu e Bugonia, quarta parceria entre Emma Stone e o diretor Yorgos Lanthimos.

Ou seja, nossa expectativa não poderia ser melhor com uma temporada representada por títulos tão bem cotados.

Quais lições a Warner/Universal pode tirar do ano de 2025?

O cinema está sempre se renovando e nós seguimos o fluxo aprendendo e tirando lições ao longo dos anos. Buscamos sempre melhorar as campanhas e as entregas; acompanhar as mudanças no mercado e o modo de fazer para estarmos sempre um passo à frente. Nosso propósito com ambos os estúdios é o mesmo: entregar produtos de qualidade para todos os públicos e gêneros, desde crianças aos grandes apreciadores de cinema, investir mais e melhor em campanhas de divulgação dos títulos pensando em ideias cada vez mais criativas e inovadoras.

Com Universal, tivemos dois talent tours este ano: Como Treinar o Seu Dragão, que bateu recorde de bilheteria, e Wicked: Parte II, um dos maiores eventos deste ano no segmento e que nos presenteou com uma parceria inédita com a TV Globo. Buscamos entender as mudanças no mercado e atender aos desejos do público, tentando entregar o melhor resultado possível sempre.

Com a Warner Bros. Pictures, renovamos o entendimento da importância da essência da marca: a força dos fãs. Isso se aplica quer sejam estes fãs de cinema como um todo, os quais mais uma vez apontam sua paixão para histórias de alta qualidade (por exemplo, F1 - O Filme e Pecadores), quer sejam fãs de franquias e/ou gêneros específicos, os quais se mostraram capazes de estabelecer sólidos recordes de bilheteria e público, como visto em Um Filme Minecraft, Invocação do Mal 4: O Último Ritual e Premonição 6: Laços de Sangue.

Superman também performa entre as produções que já eram de um universo amado pelo público e encontraram um história inédita nas telonas em 2025; o longa foi o primeiro da nova fase da DC Studios, sob o comando de James Gunn e Peter Safran, e chegou ao Brasil com enorme força. Não apenas o Rio de Janeiro foi escolhido para fazer parte da tour global do filme e receber David Corenswet (Superman/Clark Kent), Rachel Brosnahan (Lois Lane) e James Gunn (diretor), como Superman ultrapassou a marca de R$ 92 milhões em bilheterias em território nacional.

A recepção positiva e calorosa pelos fãs indica um caminho de sucesso para o lançamento de Supergirl em 2026, que já está deixando sua marca no Brasil após a revelação inédita do figurino oficial da heroína na CCXP 25, evento em que a Warner Bros. Pictures também revelou, por meio de experiências imersivas, detalhes de mais dois títulos aguardados para o ano que vem: A Noiva! e Mortal Kombat 2.

Criar eventos e “localizar” nossos filmes, seja por meio dos Talent Tours que prestigiam o Brasil mundialmente, ou pela participação em acontecimentos culturais relevantes, é fundamental para posicionar nossas produções de forma organicamente relevante para o público.

Quais são as principais apostas da Warner e da Universal para os cinemas em 2026? Por quê?

Em 2026, tanto a Warner Bros quanto a Universal, têm um line-up que promete ser espetacular. A Warner seguirá 2026 investindo em histórias originais e franquias amadas pelos fãs, com o lançamento de 14 filmes planejados para o ano que vem até o momento.

Títulos originais como O Morro dos Ventos Uivantes, da diretora Emerald Fennell, e A Noiva!, de Maggie Gyllenhaal, prometem surpreender o público brasileiro no primeiro trimestre do ano. As sequências Mortal Kombat 2 e Da Magia à Sedução 2 serão um prato cheio para os fãs das duas franquias. Supergirl, que teve o primeiro teaser trailer revelado na semana passada e já conta com milhões de visualizações a nível global, e Cara de Barro dão continuidade ao novo universo da DC. O encantador Gatola da Cartola vai divertir muito todas as famílias. Lançaremos o próximo filme original estrelado pelo Tom Cruise e dirigido pelo talentosíssimo Alejandro González Iñárritu e voltaremos a reinar com o gênero de terror com filmes como Lee Cronin 's the Mummy e o Remain de M. Night Shyamalan, que mistura romance com um mundo sobrenatural. Por fim, Duna 3 encerra o ano e a aclamada trilogia dirigida por Denis Villeneuve.

Pela Universal, além de Hamnet: a vida antes de Hamlet, teremos lançamentos super esperados pelo público como Michael, cinebiografia do artista Michael Jackson dirigida por Antoine Fuqua e que teve mais 116 milhões de visualizações no trailer, globalmente, em 24 horas; A Odisséia, épico sob olhar brilhante de Christopher Nolan e com elenco estelar, além do terceiro filme solo dos Minions e Super Mario Galaxy, em parceria com a Illumination e Nintendo. Além disso, lançaremos Dia D do talentosíssimo Steven Spielberg, em um ano que pode ser o maior da história para o nosso estúdio.

Após um ano relativamente atípico para a exibição nacional, com alguns picos muito altos e umas depressões mais fundas, o que podemos esperar do ano que vem?

O mercado brasileiro, como em outros lugares do mundo, teve desafios em 2025. Para 2026, vemos como uma oportunidade de consolidar a recuperação completa do setor. Estamos empenhados em trabalhar junto aos nossos parceiros de exibição para atrair audiências de volta às salas de cinema, oferecendo experiências que só podem ser vivenciadas dentro de uma sala escura e com tela grande. 2026 será um ano de grandes histórias e de um mercado mais resiliente e conectado com as preferências do público.

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